O homem pós moderno é consumido pela necessidade de ser visto
por Samuel Torralbo
Dentre os diversos significados que habitará o anticristo, está aquele que certamente na atualidade é um dos maiores movimentos humanos, a cultura da idolatria da auto imagem, enquanto que Cristo Jesus refletia exatamente a imagem de Deus, o anticristo refletirá o rosto potencializado da humanidade em seus desvios, apostasias e impiedades.
Quando você observa o homem pós moderno sendo consumido pela necessidade de ser visto, curtido, aplaudido, ovacionado, e tudo isso potencializado pelas mídia sociais, onde parece não existir mais sentido no lugar secreto, mas pelo contrario tudo precisa estar vinculado ao lugar publico, percebe-se logo a disseminação rápida do espírito do anticristo.
Infelizmente chegamos em um momento da história onde o momento de descanso e lazer só faz sentido se for visto pela multidão, o momento intimo nos relacionamentos também não escapam dos selfies, estender as mãos para o necessitado somente faz sentido se estiver seguido de cliques e publicações, até o “culto a Deus” está sendo atingido por essa cultura, onde o culto só é maravilho se todos souberem disso e por fim curtirem, somos a geração que se alimentará em pouco tempo de curtidas, o sucesso e o fracasso será medido pela quantidade de curtidas que recebermos, de pessoas que mal conhecemos, que também esperam serem curtidas nessa roda gigante de vazios e culto a auto imagem.
O chamado do cristão nunca foi para cultuar ou promover a auto imagem (mesmo que esta esteja vinculada a uma suposta promoção do Reino de Deus), mas antes o nosso chamado é para se tornar no processo da caminhada pessoas semelhantes a Cristo Jesus, e se me lembro bem, o Senhor Jesus não tinha acessória de marketing espiritual, pelo contrario, inúmeras vezes quando acabava de curar alguém, dizia “Que isso fique entre nós”, quando Satanás lhe propôs exposição publica com gloria e reinos desse mundo, no mesmo instante Ele recusou porque estava a serviço do Pai.
Na interação da Trindade o que temos não é uma individualização de auto imagem, mas pelo contrario, o Pai da testemunho do Filho, o Filho representa o Pai e o Espírito Santo testifica do Filho, e agora a expectativa de Deus para com todos aqueles que forem salvos pela graça é o testemunho e a submissão ao Salvador – Cristo Jesus, cumprindo aquilo que João Batista entendeu – “Convém que ele cresça e que eu diminua” (João 3.30)
De modo que, jamais deve habitar nos filhos de Deus a cultura e o culto a auto imagem, o nosso alimento não pode ser as curtidas e os aplausos humanos, mas antes a nossa comida precisa sempre ser a busca continua da presença de Cristo Jesus, para refletir a cada dia a Sua imagem e semelhança para a glória de Deus.
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