Três grupos radicais islâmicos dominaram o Norte e o Centro do país

Fonte: Portas Abertas

Na notícia anterior, compartilhamos o desafio que ataques em série de extremistas islâmicos têm gerado para o Mali. De acordo com o Centro Africano de Estudos Estratégicos, o país está prestes a atingir mil eventos violentos envolvendo grupos militantes islâmicos.  


A pesquisa também relata que o nível de violência supera o recorde de 2022 e é quase o triplo de quando a junta militar tomou o poder em 2020. “Os jihadistas jogam mísseis com frequência na cidade de Tombuctu. As crianças são as mais afetadas”, afirma um contato local.  


“Algumas morrem e outras precisam ficar no hospital. Um dos mísseis caiu recentemente em um hospital também. Esses dias não estão sendo fáceis”, acrescenta.  

Três grupos dominantes 

Os três grupos principais que atuam no Mali hoje são Coordenação dos Movimentos de Azauade (CMA, da sigla em francês), Jama’at Nusrat al-Islam wal-Muslimin (JNIM, da sigla em árabe), o Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (GSIM, da sigla em inglês). 


Eles são liderados respectativamente por Ibrahim OuldHanda, Iyad Ag Ghaly e Amadou Kouffa. O GSIM é ativo no Centro do país, o CAM e o JMIN atuam no Norte do Mali. Todos eles declararam publicamente serem aliados da Al-Qaeda.  

Rastro de destruição 

“Os terroristas procuram as autoridades do país, mas, no caminho, matam civis, animais e destroem propriedades, fazendas e espalham ameaças para todos os lados. Eles não querem que a população apoie o governo. O país todo está ameaçado pelas insurgências islâmicas do JNIM. Que Deus intervenha e destrua os seus planos”, compartilha um contato local.  


Na última segunda-feira, 26 de setembro, o governo anunciou que as eleições presidenciais serão adiadas. O representante do governo, Abdoulaye Maïga, disse aos jornalistas em Bamako que, inicialmente, a votação deve acontecer em dois turnos, nos dias 4 e 18 de fevereiro de 2024 e que o pequeno adiamento deve-se a “problemas técnicos”. 


A notícia foi recebida com um misto de emoções. Alguns têm esperança de que o adiamento seja temporário, outros acreditam que a junta pretende se manter durante mais tempo no poder por meio do adiamento das eleições.  


O contexto torna a igreja mais vulnerável, pois os cristãos são vistos como inimigos e alvos dos extremistas na nação que ocupa o 17° lugar na Lista Mundial da Perseguição 2023. Muitos cristãos se tornaram deslocados internos por causa das ondas de violência.  

Pedidos de oração 

  • Ore pela igreja no Mali. Peça a Deus que conceda sabedoria ao povo de Deus para resistir à perseguição.  
  • Interceda pelos cristãos que tiveram que fugir de casa por causa da violência dos extremistas.  
  • Ore para que as famílias enlutadas sejam consoladas e para que as mulheres que foram barradas de voltar para casa voltem em breve. 
  • Peça a Deus que alcance os radicais com a salvação e o amor de Jesus.