Jeffery Woodke foi raptado por um grupo extremista islâmico em 2016
Fonte: Portas Abertas
Oficiais dos Estados Unidos confirmaram hoje a libertação de Jeffery Woodke, conhecido como Jeff Woodke, um missionário norte-americano que foi sequestrado em outubro de 2016, no Níger.
Depois de quase sete anos, o cristão, que liderou o trabalho missionário local e participou de movimentos de ajuda humanitária durante 24 anos, poderá voltar para casa. O secretário de Segurança dos Estados Unidos disse em entrevista: “Agradecemos ao Níger pela ajuda para trazer Jeffery de volta para aqueles que o amam e sentem sua falta”.
Onda de raptos
A soltura do missionário não aconteceu no Níger, mas em uma região na fronteira entre Burkina Faso e Mali. Os responsáveis pelo sequestro são conhecidos por realizar raptos há anos na região, mas as autoridades não divulgaram publicamente o nome do grupo extremista. “Os grupos terroristas estão se aliando e se sobrepondo no Oeste Africano. Eles enxergam os sequestros como uma espécie de negócio, como uma fonte de dinheiro e poder”, disse o secretário.
O Níger ocupa a 28ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2023. Um dos maiores desafios dos cristãos locais são os sequestros e ataques de grupos extremistas islâmicos, como Boko Haram e Estado Islâmico, que dominaram novos territórios no último ano e procuram eliminar a presença cristã no Níger e em todo Oeste Africano com grande violência.
A esposa de Jeff, Els, disse em entrevista que acredita que o grupo Estado Islâmico do Grande Saara (IS-GS, da sigla em inglês) tenha sido o responsável pelo sequestro. O grupo é um braço de outro grupo extremista, o ISWAP, e é afiliado à Al-Qaeda. Els e os dois filhos do missionário precisarão aguardar alguns dias, pois Jeff ainda está sendo transferido para os Estados Unidos, mas a certeza do retorno e da liberdade do cristão já é um consolo para eles.
Os oficiais mantêm sigilo sobre o processo para a libertação de Jeff, mas garantiram que ele receberá cuidados médicos e toda ajuda pós-trauma de que precisar e que o grupo extremista não recebeu nenhum resgate ou outro tipo de benefício para soltar o cristão.