Bombardeio recente perturbou cristãos traumatizados após anos de guerra
Fonte: Portas Abertas
“Aonde quer que eu vá na Síria, parece sempre que estou em uma roleta russa. Sinto que estou condenada a morrer, seja de uma forma ou de outra”, disse Jasmine (pseudônimo), uma jovem cristã de 25 anos que vive em Damasco. Ela estava caminhando perto do consulado iraniano quando ouviu as explosões na Síria.
O bombardeio aconteceu no último final de semana e acredita-se que foi lançado pela força aérea de Israel. O som alto da explosão foi um gatilho para que o transtorno de estresse pós-traumático de Jasmine ressurgisse. “Todas as experiências ruins que acumulei durante a guerra civil me assombrarão para sempre”, explica a jovem cristã.
Jasmine conta que correu com o coração acelerado e se apressou em ligar para os amigos e cancelar o jantar de celebração de Páscoa que eles tinham planejado. De acordo com a agência de notícias CNN, ao menos sete militares, incluindo um comandante de elite da Guarda Revolucionária do Irã e um comandante aposentado, foram mortos no ataque.
O conflito que já dura 13 anos está se intensificando, assim como os efeitos sobre os cristãos perseguidos. Ore por paz para a Síria e por todos que enfrentam traumas da guerra, para que encontrem forças e estejam seguros em Cristo em meio aos ataques.
Como é a perseguição aos cristãos na Síria?
Apesar de o conflito na Síria ter diminuído ligeiramente nos últimos anos, os desafios que os cristãos enfrentam são muitos e graves. Nas áreas dominadas por extremistas islâmicos, os líderes das igrejas históricas são vulneráveis a ataques ou sequestros, enquanto a maioria dos edifícios pertencentes a igrejas locais foram demolidos ou tomados para uso dos jihadistas. Para os cristãos que vivem nessas áreas, há pouca margem para expressar a fé – e muitos precisaram fugir de suas casas.
Nas áreas controladas pelo governo, as autoridades reforçaram o controle sobre aqueles que consideram ser uma ameaça à estabilidade social – inclusive cristãos de origem muçulmana. Embora todas as comunidades cristãs estejam sob pressão, as igrejas históricas têm maior força para defender seus direitos do que as de grupos religiosos não tradicionais, como os evangélicos.
Na Síria, há focos de conflito e os cristãos continuam em meio ao fogo cruzado. Em alguns casos, os seguidores de Jesus são alvos deliberados – como, por exemplo, em Afrin, onde há relatos de que tropas apoiadas pela Turquia têm como alvo os cristãos curdos.
Aqueles que optam por abandonar o islã para seguir a Jesus podem enfrentar intensa pressão da própria família, especialmente os que vivem em regiões de muçulmanos sunitas.
O país ocupa o 12º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2024 e configura entre os 13 países com níveis de perseguição extrema na pesquisa que classifica os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos.
O que a Portas Abertas faz para ajudar os cristãos na Síria?
Antes mesmo da guerra civil explodir, a Portas Abertas já apoiava o cristão sírio, convertidos do islamismo e que enfrentam perseguição por parte da família e da comunidade. A organização trabalha por meio de parceiros locais e Centros de Esperança para fortalecer a igreja na Síria por meio de distribuição de literatura cristã, discipulado e treinamento de liderança, aconselhamento pós-trauma, treinamento vocacional, ajuda emergencial e apoio prático para pessoas deslocadas e vítimas de terremotos.
Ajude cristãos a sobreviverem na Síria
Para muitos, a vida na Síria é insustentável, por isso, deixar o país parece a única solução. Contudo, ao receberem ajuda, cristãos decidem permanecer no país e representar a luz de Jesus em meio ao caos. Saiba mais, participe da campanha e garanta que famílias cristãs sírias sejam beneficiadas com projetos de geração de renda e reforma de casas destruídas pelos terremotos e pela guerra.