A crise voltou os olhos da igreja global para as necessidades dos cristãos sírios

Fonte: Portas Abertas

Como pode um momento de tanta dor se tornar em uma bênção? Através do cuidado divino e do apoio da família na fé. Essas foram as bases para que as milhares de vítimas dos terremotos que atingiram a Síria e Turquia em 6 de fevereiro de 2023 recomeçassem, passo a passo, dia após dia, as suas vidas. Hoje, na véspera de um ano do desastre natural, compartilhamos a perspectiva dos cristãos locais.  

Minutos depois de o chão começar a tremer há um ano, igrejas, prédios e casas, como os dos cristãos Samih e Maria, se tornaram ruínas. O casal fugiu de casa com Ralph, o filho recém-nascido, nos braços e Maria com a cesárea recente em cicatrização, tudo isso durante um inverno rigoroso. Diversas outras famílias cristãs fugiram de pijamas e dormiram por dias nos carros ou igrejas locais, com medo de voltar para as casas com rachaduras e de que novos tremores atingissem o país.  

Destroços na cidade de Latakia 


“Foi uma noite terrível. Em 13 anos de guerra, nunca sentimos um pavor tão grande quanto àquele, condensado em um minuto e meio”, disse Samih com o bebê sorrindo em seu colo. O sentimento é o mesmo de outros cristãos na cidade de Aleppo. Em 13 anos de bombardeios, explosões, sanções e dificuldades financeiras, nada se compara à proporção de destruição daquela noite. 


“De certa forma, o terremoto foi uma bênção para nós e para muitos sírios. Estávamos preocupados com um meio de pagar as despesas hospitalares, como conseguir dinheiro para as fraldas, mas então, o terremoto veio e essa foi a resposta” 

Socorro bem presente 

Deus trabalha de formas curiosas. Sim, o terremoto foi um desastre. Pessoas morreram, perderam entes queridos, a casa e seus negócios. Mas, para muitos sobreviventes foi uma bênção em meio à dor, o momento de receber a ajuda de que precisavam há muito tempo, e isso é difícil de ser compreendido por nós. À primeira vista parece apenas uma grande tragédia. 

Antes e depois da família de Samih, Maria e Ralph  


“Depois do segundo terremoto, comecei a ter dúvidas. Por que Deus não parava aquilo?”, questionava Maria. Mas, alguns dias depois, ela começou a ver como Deus estava tornando coisas ruins em boas. “Nos seis meses seguintes após aquela noite, não pagamos mais nenhuma fralda do Ralph”. Isso era tudo de que precisam: cuidado financeiro, especialmente considerando que Samih estava desempregado e que a licença maternidade de Maria não era remunerada. 

Faça a esperança durar 

Os terremotos abriram os olhos da comunidade cristã global para as necessidades da Igreja Perseguida na Síria. Ainda há muitos cristãos na fila de espera para terem suas casas restauradas e para receberem cuidados pós-trauma. Com uma doação você pode ajudá-los.