Ao menos outras seis pessoas foram mortas em ataques na região

Fonte: Portas Abertas

Estado Islâmico (EI) assumiu a responsabilidade pelo ataque a uma missão cristã na província de Nampula, Moçambique. Uma líder cristã foi assassinada e os prédios da igreja destruídos. Ao menos seis pessoas foram mortas desde o dia 3 de setembro em ataques na região.

No dia 7 de setembro, a missão cristã Chipene no estado de Nampula foi atacada. Um homem armado matou a cristã italiana Maria de Coppi, de 84 anos. Ela servia em Moçambique desde 1963. Maria levou um tiro na cabeça quando tentava chegar ao quarto onde alguns estudantes da escola de missões estavam. Os extremistas destruíram as estruturas da missão, incluindo a igreja, o hospital e a escola primária e secundária que eles conduziam.

O grupo jihadista Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ataque. Eles afirmaram que os militantes “mataram quatro cristãos, incluindo uma líder cristã” no Norte de Moçambique.

Ataques recorrentes

Até pouco tempo, os ataques aconteciam com mais frequência na província de Cabo Delgado, Norte de Moçambique. No entanto, analistas dizem que o último ataque faz parte da nova onda de incursões dos militantes na região de Nampula. O conflito foi causado porque as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique invadiram uma base terrorista em Ancuabe.

O presidente Filipe Nyusi disse: “Seis cidadãos foram decapitados, três sequestrados e dúzias de casas foram incendiadas. Nos últimos dias, os terroristas foram para a província de Nampula, onde estão tentando recrutar novos membros para a milícia”.

Segundo registros da agência ACLED, mais de 4 mil pessoas foram assassinadas no conflito no Norte e a Organização Internacional de Migração (IOM, da sigla em inglês) relata que 800 mil pessoas se tornaram deslocadas internas.

Inacio Saure, cristão de Nampula, disse: “Os grupos jihadistas continuam a agir em Cabo Delgado, mas na nossa província os ataques forçaram as pessoas a fugir. Não sabemos quantas pessoas procuraram abrigo na floresta. É um drama terrível e ainda difícil de mensurar”.

O porta voz da Portas Abertas na África comentou: “A insegurança causou perturbação na sociedade e nas igrejas da região. Os deslocados têm muita dificuldade para se sustentar, mas preferem essa realidade do que continuar nas áreas de conflito. Os irmãos e irmãs na fé precisam de orações diante dessa realidade angustiante”.

Ajude quem mais precisa

Devido aos ataques, muitos cristãos ficam sem alimento, Bíblias ou local para se reunir em cultos. Você pode ajudá-los com uma doação e mostrar que esses irmãos e irmãs não estão sozinhos.