Gia Chacón tem organizado marchas, nos Estados Unidos, para alertar sobre a gravidade do problema de escala global.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CHRISTIAN POST

Gia Chacón conta que ainda bem jovem, seu coração já se partia pela situação dos cristãos perseguidos ao redor do mundo. Ela sabia que Deus a estava chamando para ser parte da solução. 

Isso a levou a inaugurar uma organização sem fins lucrativos para sediar a primeira marcha de solidariedade à Igreja Perseguida, no ano passado, na Califórnia, EUA, com a presença de centenas de pessoas. E ela já tem planos para o próximo evento que vai acontecer em Washington — Marcha pelos Mártires 2021.

Paixão pela Igreja Perseguida

“Eu vi a necessidade de dar voz aos  cristãos perseguidos e acreditei que se Deus colocou isso no meu coração, então tenho a responsabilidade de fazer algo por eles”, disse Gia ao Christian Post. 

Ela viajou para o Egito com a ONG de sua avó, quando era criança e disse que ainda lembra do momento em que foi tocada e inspirada pela ousadia e fé dos egípcios.

Ao retornar ao mesmo país, com 20 anos de idade, decidiu devotar sua vida a servir a Igreja Perseguida, inspirada pela fé daqueles que morrem voluntariamente por Cristo.

“Vi pessoas da minha idade e até mais jovens dispostas a dar suas vidas por Cristo e arriscar tudo pelo Evangelho, e isso me impactou profundamente”, compartilhou. 

“Então, na verdade, enquanto estava no Egito, tomei a decisão de entregar minha vida totalmente a serviço do Reino”, contou.

Viagens missionárias

Em suas viagens à América do Sul, Oriente Médio e outras regiões, Gia ouviu histórias de refugiados e sobre as atrocidades que enfrentam por se recusarem a renunciar à fé em Jesus Cristo. 

Com 24 anos, ela sentiu-se compelida a fazer algo mais e orou para que Deus permitisse que ela vivesse um tempo de propósito em sua vida. Logo, Gia abandonou o que acreditava ser o emprego dos seus sonhos.

No fundo, ela conta que se sentia vazia e que desejava se dedicar totalmente ao serviço com os cristãos perseguidos que vivem uma crescente crise internacional.

“Quando comecei a pesquisar, percebi que não apenas a perseguição aos cristãos está crescendo a cada ano, mas também que os cristãos são o grupo religioso mais perseguido, e eu nunca tinha percebido isso”, declarou.

Marcha pelos mártires

Primeiro, Gia organizou o movimento For the Martyrs (Pelos Mártires), em dezembro de 2019 e recebeu ajuda de uma ONG que forneceu alimentos, roupas, transporte e Bíblias. No mesmo ano, esteve na Casa Branca, para uma conversa com o ex-presidente Donald Trump e altos funcionários para discutir questões de liberdade religiosa e lançar luz sobre a Igreja Perseguida.

Em 2020, realizou a primeira marcha pela Igreja Perseguida, em Long Beach, Califórnia, quando atraiu uma multidão. Segundo ela, os cristãos americanos não têm ideia que a perseguição aos cristãos está desenfreada em outras partes do mundo. Por esse motivo, Gia busca aumentar a conscientização por meio de seu trabalho e divulgação através da mídia.

“Eu acho que o conhecimento inspira ação, então quanto mais pessoas estiverem cientes da perseguição cristã, mais pode ser feito para ajudar os fiéis sofredores”, disse ela. 

O próximo evento, March for Martyrs (Marcha pelos Mártires), vai acontecer em Washington, no dia 25 de setembro. “Aqui nos Estados Unidos, marchamos por tantas causas incríveis. Marchamos pela vida. Marchamos por nossos direitos. Marchamos quando queremos mostrar as injustiças. Mas nunca houve uma marcha em grande escala para se solidarizar com a Igreja Perseguida em todo o mundo”, continuou.

Situação dos cristãos perseguidos

O relatório 2021 da Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos, divulgado no mês passado, alertou que alguns países experimentaram um aumento na perseguição às minorias religiosas durante a pandemia por Covid-19.

Ela disse que os mandatos que forçaram a maioria das igrejas a encerrar o culto pessoal durante a pandemia tornaram a questão da perseguição mais real para os cristãos americanos e deu-lhes uma pequena amostra de como seria enfrentar a perseguição. 

Seguindo em frente, ela acredita que a perseguição cristã se tornará uma questão importante para os crentes americanos. “A Igreja na América, eventualmente, terá que tomar uma decisão de quão desejosos estamos em defender nossa fé, nossas crenças e a verdade do Evangelho”, declarou.

Responsabilidade da Igreja

“Eu acredito que a perseguição cristã será um problema maior que teremos que trazer para uma plataforma global, e acredito que a Igreja tem uma grande responsabilidade em proteger o cristianismo”, validou.

Gia aponta para que as pessoas não apenas protejam suas liberdades aqui, mas também a liberdade, a segurança e o sustento de nossos irmãos e irmãs em todo o mundo. “Eu acho que temos mais poder do que acreditamos”, sublinhou.

Ela explica que a ONG For the Martyrs não é denominacional, mas um trabalho que se preocupa em unificar o corpo de Cristo. “Quando você é perseguido, eles não perguntam de que denominação você é. Eles não vão persegui-lo mais se você for católico ou protestante ou qualquer outra denominação”, apontou.

Gia ainda destaca que os cristãos morrem por uma causa. “Você morre por causa de sua crença em Cristo, por causa de sua fidelidade à cruz”, acrescentou.

“Oremos pelos nossos irmãos perseguidos, para que tenham força, ousadia e proteção”, disse ao reforçar que a Igreja precisa orar mais e aumentar a conscientização sobre a realidade que estamos vivendo.

“Nós jovens, temos muito poder, especialmente na era das redes sociais. Devemos causar um impacto global e tudo começa com um movimento. Quanto mais pessoas se juntarem a nós, mais veremos que essa questão será trazida para a linha de frente da luta pelos direitos humanos”, concluiu.

Desde o seu início, For the Martyrs arrecadou milhares de dólares para ajuda humanitária, forneceu ajuda alimentar para refugiados na Jordânia, transporte para órfãos na África e financiou centenas de Bíblias para nações restritas.

Sobre a fundadora

Gia Chacón é palestrante motivacional, humanitária e militante pró-vida da Bienvenido US. Ela tem realizado um trabalho relevante que defende questões de liberdade religiosa nos Estados Unidos. Também é escritora e autora de artigos relacionados à Igreja Perseguida.

Sobre o Colaborador

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