Número de cristãos mortos por causa da fé mais que dobrou de 2018 para 2019 

Fonte: portasabertas

A Somália é conhecida por ser hostil aos cristãos. Não é por acaso que o país ocupa, novamente, a 3ª posição na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2019. A perseguição é particularmente severa para cristãos ex-muçulmanos – eles podem chegar a ser decapitados se forem descobertos. Com uma população muçulmana de 99,9%, líderes religiosos islâmicos afirmam publicamente que não há lugar para cristãos no país. Assim como os líderes comunitários, eles veem os cristãos como um elemento estranho que está em seu país para prejudicar sua cultura e religião. Todos os grupos tribais se identificam como muçulmanos.

Embora possa haver centenas de cristãos entre os 10 milhões de habitantes do país, o caráter intensamente tribal da sociedade somali também significa que qualquer muçulmano que se converta ao cristianismo será imediatamente detectado pela família e pelos amigos e corre o risco de morrer. Na Somália, não há lugares seguros para os cristãos (todos ex-muçulmanos) praticarem sua fé. A comunidade e os membros da família perseguem qualquer um que deixe o islã. O número de cristãos mortos por crerem em Jesus mais que dobrou no país, passando de 23 no período de pesquisa da LMP 2018, para 50 no período de pesquisa da LMP 2019 (de 01 de novembro de 2017 a 31 de outubro de 2018).

Além disso, houve um renascimento da militância islâmica, levando ao crescimento de organizações muçulmanas militantes baseadas em clãs, uma das quais é o Al-Shabaab. Um grupo de mais de 200 membros filiados ao Estado Islâmico recrutou combatentes que fugiram do Iraque e da Síria, bem como ex-militantes do Al-Shabaab. O grupo escolheu a Somália porque não há autoridade central e “podem continuar sua ideologia sem obstáculos”, disse um líder cristão de Mogadíscio, capital do país.

Cristãos somalis encaram a perseguição firmes na fé

A perseguição na Somália está em toda parte e é um fenômeno nacional. Os cristãos não têm espaço nem proteção seja da comunidade ou do governo. A Somália está na Lista Mundial da Perseguição desde 1993 e sem dúvida continuará listada no topo. O governo da Somália conseguiu sobreviver em 2018 com a ajuda de tropas da União Africana apoiadas pela ONU. Se a ONU não renovar o mandato da sua missão no país em 2019, o Al-Shabaab seria encorajado novamente e poderia representar uma ameaça ainda maior para os cristãos no país. Do jeito que as coisas estão, pode-se esperar que o Al-Shabaab continue mirando os cristãos ex-muçulmanos como suas vítimas e que nenhuma das igrejas destruídas seja reaberta tão cedo.

A eleição do novo presidente em fevereiro de 2017, apesar do procedimento eleitoral dúbio, está dando esperança a muitos somalis. Esperava-se que a eleição do novo presidente mudasse muito a situação, mas o Al-Shabaab ainda continua como uma ameaça, podendo realizar ataques a qualquer momento e lugar.

No entanto, com todo esse cenário, o mais admirável é que os cristãos na Somália chegaram à fé sabendo de todos esses desafios. Assim, eles às vezes pagam o preço final: a morte. Um pesquisador de campo do Portas Abertas atesta a perseverança dos crentes somalis: “Em meio aos tempos mais difíceis de perseguição e execuções dos cristãos, eles permaneceram firmes, mantendo sua fé cristã em segredo”.

República Federal da Somália

 REPÚBLICA FEDERAL DA SOMÁLIA

  • Tipo de Perseguição: Opressão islâmica
  • Capital Mogadíscio
  • Região Chifre da África
  • Líder Mohamed Abdullahi Mohamed
  • Governo República parlamentarista
  • Religião Islamismo sunita
  • Pontuação 91

POPULAÇÃO
15.1 MILHÕES

POPULAÇÃO CRISTÃ

ALGUMAS CENTENAS

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