Apesar de continuar sendo o livro mais impresso e vendido no mundo, menos da metade dos cristãos praticantes passam tempo envolvidos com a Bíblia, afirma a American Bible Society (ABS). Foram feitas entrevistas, por amostragem, de mil pessoas adultas, de ambos os sexos e diversas faixas etárias e de renda.
Em uma conferência do Movement Day Global Cities, no início do mês, Samuel Harrell, diretor do Projeto Ignição, ligado à ABS, apresentou dados de um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas Barna Group ao longo de seis anos.
O material, que fala sobre como os cristãos lidam com a Bíblia, mostra que apenas 18% da população – com 18 anos ou mais – lê a Bíblia diariamente. Dentro desse grupo, os que afirmam ser cristãos praticantes, apenas 37% têm contato com as Escrituras diariamente – fora dos horários de culto.
“Temos a honra de caminhar por vários anos com o Barna Group analisando o estado da Bíblia na América. Eu sei que todos estamos sentindo os ventos de mudança e as tendências que estão nos afetando, então você provavelmente já conversou com as pessoas sobre a maneira como elas veem a Bíblia em nossa cultura atualmente”, explicou Harrell. Os índices são semelhantes a outro estudo sobre o assunto divulgado em 2012.
Fergus Macdonald, do Centro para o Envolvimento com as Escritura, sediado na Universidade Taylor, explicou: “É o Espírito Santo que permite que o texto fale por si mesmo, quando o texto fala é a voz de Deus Pai que foi ouvida. É Jesus Cristo que, através do texto, faz uma reivindicação única sobre quem lê e quem ouve”.
De acordo com Harrell, o estudo encomendado pela ABS mostrou que apenas 38% dos americanos se consideravam “amigos da Bíblia”. Entre aqueles que afirmaram ler a Bíblia seguidamente, 14% são homens e 22% são mulheres.
Quando divididos por idade, nota-se que os mais novos, (abaixo de 31 anos) estão menos envolvidos, representando apenas 12% dos leitores da Bíblia. Por outro lado, entre os adultos mais velhos o índice mais que dobra, chegando a 26%. Harrell acredita que os que pertencem à geração atual provavelmente se aproximarão mais de suas Bíblias quando verem o impacto do livro sagrado nas vidas de outras pessoas.
Por outro lado, no levantamento de 2016, 77% dos católicos praticantes e 84% dos evangélicos praticantes expressaram o desejo de ler mais a Bíblia. Curiosamente, apenas 45% do total geral acredita que a Bíblia oferece “tudo que uma pessoa precisa para viver uma vida plena”. Eram 53% em 2011.
De acordo com o Christian Post, a porcentagem de entrevistados que veem a Bíblia como “um livro de ensinamentos escritos por homens” aumentou de 10% para 22% nos últimos seis anos. Neste mesmo período, a porcentagem dos que acreditam que a Bíblia é “literatura sagrada” caiu de 86% para 80%. Onze por cento consideram o Alcorão igualmente “sagrado”.
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