Essa não foi a primeira cena constrangedora que a equipe de Israel teve de enfrentar nos Jogos Olímpicos. No dia da abertura, libaneses recusaram dividir o mesmo ônibus com israelenses.

 

Uma das cenas mais constrangedoras destes Jogos Olímpicos foi protagonizada pelo judoca egípcio Islam El Shehaby que, após perder sua primeira luta para o israelense Or Sasson, se recusou a cumprimentá-lo.

Além de evitar o aperto de mão do adversário, Islam fez o cumprimento final apenas quando o israelense deixou a área de competição. A atitude do atleta instigou o olhar de reprovação do árbitro e uma vaia coletiva na Arena Carioca 2.

Fora do tatame, Islam já é conhecido por sua opiniões contrárias à Israel. Dias antes da luta, o egípcio foi pressionado por compatriotas nas redes sociais a não aparecer para lutar com o adversário — fato que não se concretizou.

Uma cena parecida aconteceu no torneio de judô feminino. A judoca Joud Fahmy, da Árabia Saudita, não apareceu para sua luta contra a romena Christianne Legentil, no último domingo (7).

De acordo com jornais israelenses, a ausência teria sido para evitar o combate contra a israelense Gili Cohen na fase seguinte, devido as discordâncias políticas e religiosas entre os dois países.

Ônibus separado

Outra situação constrangedora aconteceu na Cerimônia de Abertura, quando atletas da delegação do Líbano recusaram dividir o mesmo ônibus com os atletas de Israel no trajeto para o Estádio do Maracanã.

“Os libaneses, quando descobriram que iriam dividir um ônibus com os israelenses, reclamaram com o motorista e exigiram que a porta do ônibus fosse fechada. Os organizadores tentaram nos colocar em ônibus diferentes, o que é inaceitável por razões de segurança e representatividade”, relatou Udi Gal, treinador da equipe de vela israelense, na noite de sexta-feira.

Segundo o técnico, os libaneses afirmaram que, se os atletas israelenses quisessem, eles que deveriam ir para outro ônibus. O motorista abriu a porta, mas o chefe da delegação israelense bloqueou o caminho.

“Os organizadores, querendo impedir um acidente diplomático, ofereceram outro transporte para nós. Mas o incidente diplomático já havia ocorrido – vergonha!”, continuou Gal.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE O GLOBO

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