Monges lideraram multidão furiosa contra pastor e cristãos
Fonte: Portas Abertas
Uma multidão liderada por vários monges budistas invadiu uma igreja no sul do Sri Lanka, interrompeu as atividades de adoração e agrediu os cristãos presentes. “Se o culto não parar e a igreja não fechar, pode haver graves repercussões”, ameaçou um dos líderes ao pastor Indunil (pseudônimo).
Antes do ataque, o líder cristão recebeu várias ameaças de morte e dicas de que um ataque era planejado, mas se recusou a deixar o medo tomar conta dele e da congregação. Alguns policiais até se aliaram aos monges dizendo que a igreja estava ‘perturbando a paz da comunidade’ e, com esse discurso, conseguiram reunir e inflar a multidão.
O ataque foi relatado às autoridades locais e o oficial responsável avisou à multidão que eles não tinham o direito legal de fechar a igreja. Outros policiais fizeram tudo o que podiam para controlar a situação e dispersar a multidão.
Sem direito a resposta
O pastor foi convidado para uma reunião do Secretariado Divisional com autoridades e mais 29 monges. Eles fizeram várias acusações contra o líder cristão e estavam convencidos que a igreja ficava em um local de culto ilegal. “Nem nos foi dada a oportunidade de falar. Eles exigiram que a igreja fosse fechada”, testemunha Indunil.
O líder cristão sabia que estava em menor número e por isso pediu que o informassem sobre sua decisão final por escrito – tornando-a oficial. Os monges e outros oficiais prometeram ao pastor que enviariam suas ordens por escrito nos próximos dias. Eles emitiram uma carta oficial para interromper todas as atividades religiosas cristãs até que um formulário seja preenchido e seja obtida permissão para conduzir uma igreja lá.
Parceiros locais da Portas Abertas visitaram e oraram pelo pastor Indunil antes do ataque e decidiram instalar câmeras de segurança igreja. “Pela graça de Deus, conseguimos terminar a instalação no dia anterior ao ataque. Agora eles têm provas que podem ser usadas no tribunal para se defenderem”, explicou um dos colaboradores.
Apesar das circunstâncias parecerem desfavoráveis para a igreja, o pastor Indunil é firme na fé e corajoso. Ele está otimista de que a igreja emergirá triunfante nesses tempos difíceis.
Não há muito tempo, a Portas Abertas também publicou a história do pastor Ranil, que é fortemente perseguido em sua aldeia por fazer cultos domésticos. Eles realizam as reuniões secretamente e, apesar de toda tribulação, o pastor e a família estão vendo a igreja crescer forte e abençoada na região.
Cristãos são constantemente ameaçados no país
Não é a primeira vez que monges budistas atacam igrejas no Sri Lanka
Entre abril e maio de 2021, monges budistas orquestraram uma série de ameaças e ataques contra igrejas, pastores e membros cristãos no Sri Lanka.
No dia 23 de abril, aproximadamente às 9:30horas, 30 monges budistas, juntamente com aldeões, cercaram as dependências de uma igreja em uma grande cidade do país. A multidão lançou ameaças de morte, pegou as Bíblias e ameaçou a igreja de que destruiriam o templo a menos que os cultos fossem interrompidos. O pastor não estava presente no momento do ataque.
Posteriormente, o pastor recebeu informações de que havia um ataque planejado à igreja. Em 18 de maio, uma multidão de cerca de 2 mil pessoas liderada por 40 monges budistas realizou uma grande manifestação onde as lojas foram fechadas e bandeiras negras foram penduradas na cidade. Mais uma vez eles ameaçaram que a igreja seria destruída. O protesto foi bem organizado e foi feito com o conhecimento da polícia local. Os budistas extremistas filmaram o incidente e o publicaram no Facebook.
Em 21 de maio, enquanto o culto de domingo estava em andamento, cerca de 5 mulheres entraram na igreja e interromperam o culto gritando linguagem depreciativa e ameaças de morte aos cristãos locais.