Líder renunciou em 2011 após protestos de 18 dias no centro do Cairo
Fonte: portasabertas
Hoje, dia 25 de fevereiro, a TV estatal do Egito informou a morte o ex-ditador Hosni Mubarak, aos 91 anos, no hospital Galaa, no Cairo, Egito. Em pronunciamento oficial, o cunhado do líder e general Munir Thabet garantiu que a presidência atual do Egito será responsável pelos ofícios fúnebres.
O líder renunciou em 2011, após uma sucessão de manifestações e repressão violenta, que resultou na morte de centenas de pessoas. A Portas Abertas destacou um dos protestos onde muçulmanos e cristãos se reuniram em oração pedindo que ele deixasse o poder. Ele permaneceu na liderança do país por 30 anos, entre 1981 e 2011, e foi uma das autoridades impactadas como consequência da Primavera Árabe.
O motivo do óbito não ficou claro, mas Mubarak tinha passado por uma cirurgia e, no dia 24 de janeiro, o filho dele, Alaa, informou via Twitter que o pai passava bem. Desde que teve o poder destituído, a saúde do ex-ditador era assunto de muitas especulações, algumas delas afirmavam que ele enfrentava um câncer, problemas cardíacos e até depressão.
Hosni Mubarak ficou preso por seis anos sob a acusação de ser responsável pelas mortes que aconteceram durante os protestos de 18 dias no centro da capital egípcia. A maior parte da pena ele cumpriu no hospital militar, até que, em 2017, a justiça o absolveu de todas as acusações.
Ascenção ao poder
Em 1957, após a guerra dos Seis Dias contra Israel, Mubarak ficou responsável por reerguer a Força Aérea egípcia. Em 1981, ele chegou ao poder, depois da morte do presidente Anwar Sadat. A partir deste momento, o líder militar governou o país restringindo os direitos dos cidadãos, baseado em uma lei emergencial, que era justificada como medida contra ação de extremistas islâmicos. Mubarak venceu três eleições presidenciais, mas como candidato único. Na quarta vez, venceu mesmo com outros concorrentes, mas foi acusado de fraudar os resultados das eleições.
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