Afirmar que “Jesus é o filho de Deus” pode ser interpretado como insulto para os islâmicos

 

No leste da Uganda, centenas de muçulmanos ficaram irritados com cristãos que defendiam sua fé. Após pressionarem as autoridades, seis pastores foram presos. Tudo começou depois que 30 igrejas e 70 pastores foram autorizados a realizar uma série de palestras em Sironko, em defesa do cristianismo.

Alguns pastores deram seus testemunhos, entre eles, Moses Wangaia, um famoso apologista cristão. Ele contou como se converteu do islamismo para o cristianismo. Conforme publicou o Morning Star News, os cristãos desafiaram os muçulmanos que disseram que Jesus Cristo não deveria ser reconhecido como o Filho de Deus.

Moses então provocou tensão quando usou o Alcorão, a Bíblia e o Hádice (livro que conta histórias de Maomé) para justificar sua fé. No sábado, 24 de novembro, líderes muçulmanos organizaram um grupo com quase 2 mil pessoas para protestar contra o que eles entenderam como um “desrespeito ao Alcorão”. Todos gritavam “Allahu Akbar”, expressão que significa “Alá é Grande”.

Conflito

“Depois de duas semanas de diálogo pacífico entre muçulmanos e cristãos, chegou à nossa polícia a notícia de que os muçulmanos estavam planejando atacar os cristãos”, revelou Abantu, um dos policiais.

Ele também contou que os muçulmanos registraram queixas na delegacia, alegando que os cristãos estavam usando linguagem abusiva, insultando e provocando sua religião. Depois, disso, textos ameaçadores foram enviados para as igrejas.

“Quando os muçulmanos alegaram que Jesus não é o filho de Deus, nós cristãos não pegamos pedras para atacar os muçulmanos, e ficamos chocados ao ver que eles tomaram medidas tão violentas contra nós”, explicou um dos cristãos que preferiu não ser identificado.

Os seis pastores que estavam presos por conta do conflito, foram libertados três dias depois. Antes, porém, eles receberam várias advertências.

É perigoso ser cristão na Uganda

Uganda é um país predominantemente cristão, onde os muçulmanos representam apenas 12% da população. Mesmo assim, eles representam uma grande ameaça por agirem com violência sempre que se sentem ameaçados em regiões onde há mais seguidores do islã.

No início deste ano, o pastor Tom Palapande, 38, do distrito Butaleja, foi deixado inconsciente depois de ser atacado por muçulmanos. O motivo foi ele ter afirmado que Jesus é o Filho de Deus. Ele realizou uma campanha evangelística de duas semanas, que além de defender a divindade de Cristo, explicava a Trindade.

Os muçulmanos não aceitaram suas afirmações e começaram a atirar pedras nele, cantando “Allahu Akbar”. Uma grande pedra atingiu a testa do pastor, além de ferir outros três líderes da igreja que estavam próximos na ocasião.

Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br

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