Mais de 3 mil minas serão retiradas da área que abrange o Rio Jordão, onde aconteceu o batismo de Jesus.
Milhares de minas e restos de guerra começaram a ser eliminados do local de batismo no Rio Jordão, onde Jesus Cristo foi batizado, informou nesta terça-feira (20) o Ministério da Defesa israelense.
A Autoridade Nacional de Ação de Minas de Israel (INMAA) está trabalhando em parceria com a organização beneficente HALO Trust para retirar mais de 3 mil itens na área que atualmente faz parte da Cisjordânia.
Uma pesquisa realizada pela HALO e pelo INMAA estima que cerca de 2.600 minas antitanques e 1.200 minas antipessoais foram enterrados, juntamente com armadilhas e dispositivos explosivos improvisados. A previsão é que os trabalhos — que se estendem por uma área de 1 km² — durem dois anos e tenham um custo de cerca de US$ 1,5 milhão.
O Qasr el Yahud, nome árabe do local onde acontecem cerimônias de batismo, foi um popular ponto de peregrinação até 1968, quando Israel bloqueou seu acesso temendo que os terroristas usassem as sete igrejas da área para atacar os assentamentos israelenses.
“Quando o apuramento estiver completo e as autoridades da INMAA e da HALO puderem assegurar que o local está seguro, as igrejas serão devolvidas às respectivas denominações e os visitantes poderão visitar esses locais sagrados”, disse o Ministério da Defesa.
Israel minou a área ao longo do rio Jordão após a Guerra dos Seis Dias de 1967, na tentativa de impedir que os tanques e a infantaria da Jordânia, bem como palestinos, guerrilheiros e terroristas, se infiltrassem em território israelense e atacassem os assentamentos israelenses.
Importância da região
Com o aumento do turismo cristão em Israel, o Qasr el Yahud se tornou uma importante fonte econômica para a região. Mais de 1,5 milhões de turistas cristãos foram a Israel em 2016, representando 53% de todos os turistas que chegam no país.
Cerca de 40% dos turistas cristãos afirmam que o propósito de sua viagem é a peregrinação. Em média, o turista cristão permanece 9 dias em Israel e gasta pelo menos US$ 1.500 (equivalente a mais de R$ 4.900), segundo o Ministério do Turismo israelense.
O Qasr al-Yahud (que significa “Castelo dos judeus”) também é sagrado para o judaísmo. Alguns acreditam que os hebreus cruzaram este local depois de deixarem o Egito. Nele também aconteceu a ascensão do profeta Elias ao céu em uma “carruagem de fogo”, e foi palco de muitos milagres realizados por Eliseu.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE TIMES OF ISRAEL
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