A Autoridade Palestina tem recompensado terroristas que realizam atentados contra Israel e tortura aqueles que se levantam contra esta prática.

Como se classifica um homem que salva a vida de homens, mulheres e crianças inocentes? Um herói? Se for um palestino que impeça ataques terroristas e salva a vida dos judeus israelenses e outros, ele não será assim reconhecido por seus próprios governantes.

A CBN News seguiu de perto a controversa prática conhecida como “pagar para matar”, na qual o governo da Autoridade Palestina recompensa terroristas por atacarem Israel. Agora também há relatos de como a Autoridade Palestina tortura brutalmente os seus próprios cidadãos que tentam salvar vidas, alertando sobre os ataques terroristas.

Dezenas de vítimas de abuso palestino estão quebrando o silêncio, como esse homem a quem chamaremos de “Baber” para proteger sua identidade.

“Eu sei que não é certo matar pessoas nas ruas. Também não é certo explodir um ônibus”, disse Baber à CBN News.

A Autoridade Palestina condenou este homem e outros como “traidores” por ajudarem Israel. Milhares de palestinos foram submetidos à tortura, até a morte, acusados ​​de atos que o resto do mundo chamariam de heróicos.

Punindo os “infratores”

É por isso que um escritório de advocacia israelense representa 52 funcionários palestinos acusados ​​e está processando a Autoridade Palestina para obter uma indenização.

“Temos o privilégio de representar aqueles árabes que foram torturados por darem um pouco de conforto e tentarem proteger essas pessoas”, disse Nati Rom, parceiro no escritório de advocacia “Rom, Arbus, Kedem, Zur”.

A violência decolou na década de 1990, após a assinatura dos Acordos de Oslo entre Israel e a Organização Palestina de Libertação (OLP) – a “organização-mãe” da Autoridade Palestina – no que hoje se chama “processo de paz”.

“O terror foi desenfreado em Israel. Não havia [apenas] alguns palestinos que estavam ajudando Israel a combater o terrorismo”, disse Barak Kedem, também parceiro no escritório de advocacia.

Os acordos de Oslo exigiram que a Autoridade Palestina combatesse o terrorismo, mas segundo o advogado Barak Kedem, isso não aconteceu.

“A Autoridade Palestina que havia feito um acordo com Israel – o Acordo de Oslo – realizou ações contra os colaboradores que estavam tentando evitar o terrorismo”, disse Kedem à CBN News. “Eles os capturaram, os prenderam em condições que eram muito, muito difíceis. Eles os torturaram para extrair uma confissão deles que eles ajudaram Israel”, disse Kedem.

Tortura até a morte

As histórias são horríveis. Esta é apenas a história de um homem.

“Eles levaram sua irmãzinha, uma adolescente, a levaram até à prisão e o ameaçaram: ‘se você não confessar, vamos estuprar sua irmã”, relatou Kedem. “Eles não tinham limites para a crueldade, então ele confessou, mas isso não ajudou. Ela foi assassinada após a confissão. O que ela percorreu até morrer, nós não sabemos. É realmente tão terrível como o Estado Islâmico”.

Baber disse à CBN News o que aconteceu com ele quando ele foi levado para interrogatório.

“Eles entraram na sala e perguntaram: ‘quando você começou a trabalhar para o Shabak israelita [o Shin Bet – serviço secreto]?’. Eu disse: ‘Não trabalho para os israelenses”, lembrou o homem.

Este era apenas um tipo de tortura que ele sofreu.

“Eles amarraram as mãos, os pés e a cabeça. Eles o bateram de todas as formas, até desvanecer. As agressões iam de manhã até à noite. ‘Você é apenas um cão’ ou ‘no final você vai morrer e nós vamos jogá-lo no lixo’ eram algumas das ofensas e ameaças que eu ouvia. ‘Vamos estuprá-lo’, eles também me diziam”, lembrou ele.

Baber disse que não enfrentou nenhuma acusação oficial ou alguma audiência no tribunal. Seus pais não puderam visitá-lo e a Cruz Vermelha, aparentemente, nunca foi notificada de seu confinamento.

“Todos os dias durante sete meses eu estava sob interrogatório, desde a noite até a manhã. Eles me espancavam, queimavam minhas mãos, usavam de tudo. Finalmente, eles enfiaram um fio de cobre em minhas partes íntimas e o acenderam fogo na outra ponta”, disse ele.

Depois de sete longos meses de tortura, ele assinou um pedaço de papel em branco que serviu de confissão. Ele então trabalhou na prisão por mais de dois anos, até que seus pais conseguiram o dinheiro suficiente para comprar sua liberdade.

Mas sua história não chegou ao fim. Baber fugiu para o território dominado por Israel, se casou, mas depois voltou para ver seus pais e foi novamente preso. Ele teria morrido se não tivesse escapado.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS

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