O pastor Karma Oraon foi espancado por extremistas hindus, que invadiram uma reunião de discipulado, mas não desistiu do ministério.

Quando os extremistas hindus na Índia disseram ao pastor Karma Oraon, que eles não parariam de espancá-lo até que ele adorasse ao ‘deus macaco’, foi justamente neste momento que ele sentiu sentiu Cristo ainda próximo.

“Naquele momento em que eles estavam me chutando e batendo em mim, senti que mesmo que eu morresse ali, o Senhor faria o ministério que eu deixaria para trás dar frutos”, disse Pastor Oraon à Morning Star News. “Nós simplesmente havíamos começado a realizar algumas reuniões para louvar o nome de Jesus. Ele é a nossa força”.

Seu pequeno grupo de oito pessoas estava meditando nas Escrituras na véspera de Natal às 10:30 da manhã na aldeia de Harmu, no distrito de Ranchi, no estado de Jharkhand, quando uma gangue de extremistas hindus – que eram o dobro do número de cristãos – invadiu o local da reunião com pedaços de pau nas mãos, gritando: “Adorem a Bajrang Bali”. O nome citado pelos invasores é dos títulos dado nome ao popular ‘deus macaco’ Hanuman.

“Eles me arrastaram com força para fora da sala, quando estávamos no meio da meditação na Palavra de Deus”, disse o pastor Oraon. “Eles gritaram muitas palavras agressivas e me bateram repetidamente no peito”.

Enquanto o pastor era arrastado pelo colarinho, um dos extremistas hindus gravava a cena, pedindo aos seus cúmplices para também registrarem o momento e fazerem circular o vídeo, disseram fontes.

Os extremistas hindus repetidamente perguntavam ao pastor qual era seu nome, recusando-se a acreditar nele, pois seu nome é típico das pessoas tribais da área que praticam as religiões locais e não o cristianismo, disse ele. Eles o chamaram de idiota, deram-lhe uma bofetada e disseram que ele tinha que parar de mentir. Quando o pastor mostrou seu documento de identidade, os agressores rasgaram o documento original em pedaços.

“Eles me derrubaram no chão e disseram: ‘Você é Oraon? Diga-nos o que deve fazer, sendo um Oraon? Você deveria seguir a religião adivasi [indígena] ou essa religião estrangeira?”, contou o pastor à Morning Star News, lembrando-se do momento da agressão. “Eles me disseram: ‘Desista imediatamente do cristianismo e abrace o Sarnaísmo [religião local] – se você não fizer isso, será brutalmente assassinado”.

O pastor Oraon disse também que os agressores “alertaram” a congregação: “Todos os cristãos nesta área, cuidado! Não há lugar para o cristianismo aqui. Todos vocês devem abraçar o Sarnaísmo. Se alguém contrariar esta regra, sua casa será incendiada e será morto junto com sua família”.

O grupo de extremistas expulsou o pastor da aldeia.

O jovem Chotu Munda, de 21 anos, disse que foi espancado quando tentou ajudar o pastor de 34 anos. Algumas mulheres cristãs também tentaram impedir os agressores, mas segundo o pastor, a gangue também reagiu com desrespeito a elas.

“Eles repreenderam as irmãs com uma linguagem muito vulgar, porque elas tentaram me ajudar”, contou ele.

Naquela noite às 22h (horário local), o pastor Oraon foi a uma delegacia de polícia, mas os oficiais se recusaram a registrar a queixa contra os agressores.

“Nunca tive uma experiência de oposição quando preguei o evangelho ou visitei famílias para orar pelos doentes. Mas busco inspiração no meu Senhor Jesus. As pessoas ultrapassaram todos os limites para humilhá-Lo e crucificá-Lo, mas Ele pacientemente suportou Sua tortura por minha causa, pelos meus pecados”, disse o pastor Oraon. “Eu sinto fortemente a presença de meu Senhor Jesus em tudo isso. Se Ele não tivesse me concedido a força para suportar, eu nunca poderia superar o que aconteceu”.

Os cristãos da etnia adivasi em Jharkhand pediram orações pela liberdade religiosa na região.

A Índia atualmente ocupa o 11º lugar no ranking de países com maiores índices de intolerância religiosa, listado pela Missão Portas Abertas, estando a frente da Arábia Saudita, Nigéria e Egito.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO GOD REPORTS

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