Em entrevista ao site da revista Premier, do Reino Unido, ele explicou que a maioria da população do mundo ainda sofre para desfrutar de liberdade religiosa. Ele explica que as novas leis – especialmente em países de governo muçulmano – e atentados terroristas colaboram para um aumento nos índices.
No ano passado, oficialmente foram 7.000 cristãos mortos apenas por causa de sua fé e 2.400 igrejas foram atacadas ou danificadas. Contudo, esses são apenas os casos documentados, o número é muito maior por que muitos países se recusam a reconhecer as verdadeiras motivações, preferindo classificar como mortes “políticas”. Este é o caso, por exemplo, da situação no Paquistão e no Iraque.
As mortes causadas pelo Estado Islâmico são classificadas como “crimes de guerra”, ainda que tenham motivação claramente religiosa. O aumento da repressão na China também é uma preocupação para muitos especialistas no assunto.
Segundo Figel, nossa geração é “testemunha de assassinatos sistemáticos e em massa, martírios e perseguição em vários territórios. Estes crimes exigem que todas as pessoas sérias façam algo mais para que não continue.”
Ele lembra que esse é um direito humano básico, presente no artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Para o Figel é assustador que essa limitação está chegando a lugares onde não se testemunhava isso há décadas, como a Europa.
“A tendência é negativa, pois 75% da população mundial vive em países onde existe algum tipo de cerceamento da liberdade religiosa… A comunidade internacional tem de estar alerta para essa situação”, enfatiza.
O pedido público que ele faz é que a Organização das Nações Unidas seja mais rápida em responder às denúncias e aja com mais severidade. Essa questão será discutida por políticos e especialistas durante um evento especial no Parlamento Europeu esta semana.
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