As eleições gerais, que começaram em abril, devem terminar no início de junho
Fonte: Portas Abertas
Nos últimos dias, a perseguição aos seguidores de Jesus teve um aumento significativo na Índia. Incidentes envolvendo violência física, prisões arbitrárias (ou seja, sem direito a julgamento adequado ou baseado em falsas evidências) e ataques a instituições cristãs foram reportados em várias partes do país.
Dado o tamanho do país e da própria população, o processo de eleições gerais, que começou no dia 19 de abril, deve terminar apenas em 1º de junho. O período, que já costuma envolver certa tensão, se tornou ainda mais crítico com movimentos de apoio ao avanço das leis anticonversão e aos discursos anticristãos.
Para os grupos radicais, o cristianismo é visto como uma traição à nacionalidade indiana. No país majoritariamente hindu, aqueles que abandonam a religião tradicional para seguir a Jesus são alvos de retaliações.
“Por equidade e fim da intolerância religiosa”
“Oramos para que as pessoas não se deixem levar pelos discursos exaltados, mas votem com sabedoria, em busca do que for melhor para a nação. E clamamos para que a equidade, a não discriminação e a tolerância religiosa sejam pilares da nova gestão”, compartilha uma parceira local.
O pastor Ravi (pseudônimo) foi vítima de um dos atos de violência que pressionam os cristãos na Índia. Ele e outros cristãos foram atacados com brutalidade e depois levados presos durante um mês sob falsa acusação de conversão religiosa forçada. Os radicais também ameaçaram cortar a água e a energia elétrica dos cristãos caso não saiam do vilarejo onde vivem atualmente.
Ao menos 152 cristãos no vilarejo de Ravi estão sob pressão para deixarem a fé em Jesus e voltarem ao hinduísmo. O pastor saiu da prisão, mas está sendo vigiado. Ainda assim, ele continua o trabalho de visitas pastorais para encorajar os cristãos locais e orar por eles.
A perseguição a cristãos na Índia
A Índia é a maior democracia do mundo – esse fato se tornará óbvio novamente em 2024 quando eleitores forem às urnas para decidir o próximo governo. Mas mesmo pregando sua relativa liberdade e força econômica, cristãos na nação se encontram cada vez mais sob ameaça. Essa hostilidade é muitas vezes guiada por uma crença contínua entre alguns extremistas de que indianos têm a obrigação de ser hindus – e qualquer fé além do hinduísmo não é bem-vinda na Índia. Essa mentalidade tem levado a ataques violentos pelo país e impunidade para as pessoas que causaram essa violência, principalmente em lugares onde as autoridades também são nacionalistas hindus.
Cada vez mais estados estão implementando leis anticonversão, criando um ambiente onde qualquer cristão que compartilhar sua fé pode ser acusado de um crime, intimidado, assediado ou até mesmo sofrer alguma violência. As campanhas em massa de “volta para casa” (ghar wapsi, em hindi) continuam, em que nacionalistas hindus colocam uma pressão imensa em cristãos convertidos do hinduísmo, dizendo-lhes para voltarem para a antiga fé.
Cristãos que se convertem do hinduísmo têm mais probabilidade de estar sob intensa pressão ou mesmo violência. Eles podem enfrentar pressão constante para renunciar à nova fé, enfrentam perda do emprego, discriminação no local de trabalho, são vítimas de violência e até mesmo mortos. Líderes de igrejas também estão em perigo em muitas partes da Índia – eles e suas famílias são visados por grupos extremistas para criar medo e caos na comunidade cristã.
O país está 11º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2024 (LMP) que classifica os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos.
Você pode ajudar
Para saber mais como ajudar os mais de 365 milhões de cristãos perseguidos no mundo, acesse o site da Portas Abertas no link Ajuda a Quem Mais Precisa. Esta campanha visa ajudar os 13 países da LMP onde os ciristãos enfrentam persegição em níveis extremos.