O pastor brasileiro Elias Dantas esteve em Lviv, no oeste da Ucrânia, e acompanhou a ação de resgate.
Mais de 1 milhão de crianças deixaram a Ucrânia em menos de duas semanas, segundo o Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas (Unicef). Entre elas, muitas estão em situação de orfandade, o que torna sua vulnerabilidade ainda maior.
Esta semana, pastores e líderes cristãos estiveram envolvidos em uma ação de resgate de mais de 1.200 crianças órfãs, que foram retiradas da Ucrânia e levadas a países vizinhos.
O pastor brasileiro Elias Dantas, fundador da Global Kingdom Partnership Network (GKPN), uma rede global de igrejas e pastores, esteve em Lviv, no oeste da Ucrânia, e acompanhou a ação de resgate.
“Crianças sendo levadas para local seguro. 1.200 foram protegidas nos últimos três dias. Temos mais 1.500 para ajudar”, informou Dantas. Os órfãos foram levados de trem na terça-feira (8) para Varsóvia, capital da Polônia.
“Vamos, com a graça de Deus, ajudar com a relocação de 1500 órfãos e de 2.000 famílias. Estamos orando por 2.000 igrejas que queiram adotar uma família cada”, disse Dantas nas redes sociais.
“As igrejas estão cuidando das crianças para que no futuro elas não caiam na prostituição ou no tráfico de órgãos. Há muita tragédia na guerra”, observa o pastor Elias.
Crianças órfãs em Lviv, na Ucrânia, enquanto aguardam o trem para Varsóvia. (Foto: Elias Dantas)
Imagens mostram o pastor Elias Dantas com um grupo de 100 crianças que aguardavam o trem para a Polônia. A ação foi organizada por Nikolay Kuleba, comissário do presidente da Ucrânia para os Direitos da Criança e cofundador da Aliança para a Ucrânia Sem Órfãos.
“Estou em Kiev agora e estou lutando por nossa terra e nossas crianças”, disse Kuleba. “Estamos evacuando crianças das zonas de combate e todos os dias trabalhando envolvendo igrejas em toda a Ucrânia.”
Kuleba acrescentou: “Muitas famílias não têm comida. Eles estão em porões ou prédios e temos ajuda de emergência em nossa igreja em Lviv, onde vivem crianças e famílias. Nós os transportamos para lugares mais seguros na Ucrânia. Acreditamos que Deus nos protege e pedimos a todos que orem por nós.”