As vítimas foram estudantes de até 15 anos de uma escola islâmica em TeginaCrianças e adolescentes estão em risco ao frequentarem as escolas na Nigéria (imagem representativa)
Fonte: Portas Abertas
Ontem, 30 de maio, 200 alunos de uma escola islâmica de Tegina, na Nigéria, foram sequestrados por grupo armado. De acordo com um porta voz da polícia do estado de Niger, os rebeldes chegaram atirando indiscriminadamente e capturando os estudantes da escola Salihu Tanko. Uma pessoa foi morta e outra ficou feriada durante o ataque.
Em entrevista à Reuters, o proprietário da escola, Abubakar Tegina, que mora próximo a escola disse que foi testemunha do incidente: “Eu vi pessoalmente entre 20 e 25 motocicletas com pessoas fortemente armadas. Eles entraram na escola e foram embora com cerca de 150 ou mais alunos”.
De acordo com Tegina, os alunos têm entre sete e 15 anos e frequentam a escola, mas moram em outros locais com as respectivas famílias. Outro funcionário disse à AFP que os radicais levaram de volta algumas crianças até 12 anos de idade, porque as consideraram muito pequenas e não poderiam andar muito.
Sequestros como parte do cotidiano na Nigéria
Nos últimos meses, a Portas Abertas noticiou vários incidentes de sequestros de estudantes na Nigéria. Desde dezembro de 2020, mais de 700 jovens foram capturados por extremistas que pedem resgate para soltá-los. Segundo a porta-voz da Portas Abertas na região “O sequestro é algo com que os nigerianos do norte têm de lidar há muitos anos, especialmente durante a insurgência de Boko Haram de mais de uma década. Incontáveis ??mulheres, crianças e homens, muitos dos cristãos, continuam cativos”.
Porém, a líder lembra que houve um aumento de sequestros por gangues e que o governo da Nigéria não está conseguindo combater os crimes. Isto acaba alimentando a impunidade e prejudica a pouca estabilidade que resta no país. “Esses ciclos de violência criam um espaço no qual grupos radicais prosperam. O governo precisa encontrar maneiras de enfrentar a ilegalidade de forma decisiva ou se preparar para lidar com militantes por muitos anos”, completa.
A Portas Abertas está presente no país, ajudando cristãos perseguidos em diversas frentes, com trabalhos com famílias, viúvas, órfãos, treinamento de liderança, acompanhamento pós trauma e outros. Para saber mais e ajudar nesses projetos, acesso o link.