A mulher de 35 anos foi sequestrada junto com o marido e os sete filhos e viveu dois anos como refém na floresta de Sambisa

Fonte: Portas Abertas

Além de assassinar os homens cristãos na Nigéria, os extremistas do Boko Haram desestabilizam as comunidades cristãs por meio do sequestro de mulheres e meninas. Elas costumam ser agredidas física e sexualmente e são forçadas a se converter ao islã e se casar com os radicais.

Hannatu Ezra foi sequestrada junto com os familiares e todos desapareceram na floresta de Sambisa, local de abrigo dos jihadistas. A cristã de 35 anos morava com o marido e os sete filhos quando o Boko Haram invadiu a vila perto de Maiduguri, capital do estado de Borno.

“Quando morávamos em Maiduguri, costumávamos cultivar e obter muitos produtos. Meus filhos frequentavam a escola. Eu era comprometida com o ministério de mulheres. Era um membro e diretora do coral”, conta a cristã. Mas em 2017, após irem à igreja, ouviram notícias que os radicais estavam matando pessoas na região onde moravam.

“Eles atacaram e incendiaram nossa igreja. Eles amarraram o segurança e o empurraram para o fogo. Tudo aconteceu em plena luz do dia”, testemunha Hannatu. No dia seguinte, a cristã, o esposo e os filhos pegaram um ônibus para fugir da perseguição.

Mas houve um tiroteio e o veículo parou. Foi quando a nigeriana percebeu que a filha de 15 anos e o bebê recém-nascido foram baleados. Os jihadistas reuniram as pessoas que ainda estavam vivas e as levaram para a floresta de Sambisa. “Eles disseram que se não renunciássemos a Cristo, não cuidariam de nós. Tínhamos que ficar longe deles. Porque sempre diziam que éramos nojentos”, relembra.

De acordo com a cristã, os reféns também não recebiam alimentação, mesmo quando as crianças imploravam. Por isso, alguns chegaram a comer grama e essa situação precária durou dois anos. Hannatu lembra-se que comeram porções suficientes no máximo três vezes.

Quando estava cativa, a cristã se perguntava se alguém tinha conhecimento do que estava acontecendo com ela e com os familiares. Mas diante dessas dúvidas, a única coisa que pôde fazer foi confiar no favor de Deus. Então, ela se apegou à palavra de Jesus em João 10.29 que diz: “Meu Pai, que as [ovelhas] deu para mim, é maior do que todos; ninguém as pode arrancar da mão de meu Pai”. (Essa história continua).

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