Pastores têm relatado que a Igreja está se reerguendo com força após a devastação causada pelo Estado Islâmico na Síria.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA MISSÃO PORTAS ABERTAS (EUA)

Três anos atrás, a igreja na Síria estava quase morta, extinta. A cruel guerra civil e a invasão de terroristas do Estado Islâmico ameaçaram a própria existência do cristianismo. Mas os parceiros da Missão Portas Abertas neste país de 20 milhões de pessoas dizem que a história mudou e continua a se transformar.

Segundo os missionários locais, “Deus está ressuscitando a igreja na Síria, respondendo às orações e gritos de Seu povo ao redor do mundo – e demonstrando Sua compaixão e poder para reviver e restaurar”.

Durante a guerra, as igrejas cresceram e muitos muçulmanos se entregaram a Cristo aqui neste país do Oriente Médio, outrora um importante reduto do Estado Islâmico. Para ajudar os cristãos, especialmente os novos crentes, a aprofundarem sua fé, a Missão Portas Abertas (EUA) organiza regularmente retiros para as igrejas sírias.

Um retiro recente nas montanhas libanesas incluiu uma oportunidade de batismo em uma piscina, onde cerca de 16 homens e mulheres ofereceram uma imagem poderosa da transformação e determinação necessária para seguir Jesus no 11º país mais perigoso para ser um cristão.

“Glória a Jesus!”, grita uma das mulheres, levantando os braços para o alto. A água escorria das mangas de seu vestido branco, enquanto ela caminhava pela água da piscina.

Dezenas de pessoas se reuniram ao redor da piscina, batendo palmas e gritando de alegria junto com a mulher. Ela é a primeira nova convertida batizada em uma ensolarada manhã de domingo no Líbano; 15 outras pessoas estão na fila atrás dela, esperando para serem imersas.

Dezesseis batismos ocorreram em uma manhã no Oriente Médio é um momento muito especial para esta jovem igreja síria de membros que vêm da religião drusa do Oriente Médio (uma minoria religiosa no Oriente Médio, que combina combinando crenças do judaísmo, cristianismo e islamismo).

“É claro que Deus trabalha em todos os lugares e entre todas as pessoas, mas vejo o início de um reavivamento entre os drusos e curdos na Síria”, diz David*, que é pastor da igreja onde ocorreram os batismos.

O reavivamento na Síria não é diferente do reavivamento em qualquer outro lugar do mundo. Significa novos convertidos, novas igrejas, novas lideranças e o batismo de novos crentes.

“Na minha cidade, agora temos quatro igrejas de principalmente novos crentes”, diz o pastor David. Sua congregação de 60 membros é a menor igreja das quatro. Além disso, em outros lugares da Síria, ex-drusos e ex-muçulmanos estão se voltando para Cristo em números significativos.

Uma decisão de alto preço na Síria

Um após o outro, os homens e mulheres desceram as escadas da piscina para serem batizados. O pastor logo orou e depois os batizou, gentilmente mergulhando-os sob a água. Cada novo convertido voltava desse mergulho cheio de significado ao som de aplausos e recebiam um caloroso abraço ao saírem da piscina.

Com todos os 16 batismos terminados, o grupo irrompe em adoração:

“Decidi seguir a Jesus / decidi seguir a Jesus / decidi seguir a Jesus / Não voltar atrás, não voltar atrás”, canta a igreja, entoando o conhecido hino cristão.

A música é familiar para os cristãos de todo o mundo. Mas na Síria, as palavras adquirem um novo significado. Neste país do Oriente Médio, sua decisão de seguir a Jesus vem com grandes custos. Se ou quando a conversão deles for descoberta, esses novos crentes poderão perder suas famílias, amigos, empregos e até mesmo suas próprias vidas.

Seguir a Jesus pode revirar suas vidas de cabeça para baixo.

“O mundo atrás de mim, a cruz diante de mim / O mundo atrás de mim, a cruz diante de mim / O mundo atrás de mim, a cruz diante de mim / Não volto atrás, não volto atrás”, continuaram.

Os crentes na Síria sabem que se tornar cristão significa deixar para trás sua antiga vida, seu velho mundo e sua antiga religião. E diante deles está uma cruz – um símbolo de perseguição.

*Nomes alterados e localizações não especificadas por razões de segurança

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