Gustavo Melo diz que os cristãos devem se importar com as crianças que sofrem com a prostituição.

O apóstolo Gustavo Melo, plantador de igrejas em locais de difícil acesso ao Evangelho, comentou a perseguição religiosa e a cultura local são fatores que aumentam a resistência contra as Escrituras. Em entrevista exclusiva ao Guiame, ele salientou que é preciso persistir com o trabalho missionário para alcançar os perdidos.

Ele diz: “São vários os desafios que vimos ao viver no campo. Um dos maiores desafios creio que mesmo até antes das perseguições que ocorrem em países como este é a questão cultural. A cultura é algo muito forte que está em nós e ao chegar ao campo missionário temos a tendência em continuar pensando e atuando como se fosse nosso país”.

Gustavo pontua que é preciso entender a cultura local, onde o missionário foi enviado. “Não falo da questão de roupas ou alimentação, mas, justamente, de plantação de igrejas. Entender a cultura local e como eles vivem para estabelecer o reino deles não é algo fácil. As mensagens, o discipulado, o louvor, muito destas coisas mudam”, afirmou.

“Claro que não podemos deixar de lado o aspecto emocional ao ver coisas que para nós não são normais e lá são. Como o destrato as pessoas em geral por causa do sistema de casta e, principalmente, com as mulheres. Por mais que tente explicar com palavras seria difícil de compreender. A pessoa somente entende realmente quando visita países como este e vê com os seus próprios olhos”, ressaltou.

Evangelismo na Índia

Segundo Gustavo, a evangelização na Índia não é nada fácil, começando pelas próprias leis do país que diz que a conversão é crime. “Um fator que dificulta muito para evangelizar lá é que os hindus creem e adoram 33 milhões de deuses. Aos olhos humanos é praticamente impossível estas pessoas renunciarem 33 milhões de deuses para crer e adorar somente em um que é Jesus e foi justamente isto que enfrentamos ao trabalhar neste lugar”, disse ele.

“Então como alcançá-los? A obra social tem uma pequena ajuda nisto, mas o governo já se deu conta que muitas obras sociais estavam sendo usadas para isso e quando descobertas são fechadas”, relatou.

O apóstolo diz que há alguns anos, ele teve uma investigação e uma ameaça muito dura no “Hope Home”, sua instituição, por causa disto, mas que não conseguiram encontrar provas para fechar.

“A melhor maneira realmente para alcançá-los é por meio de milagres, sinais e prodígios. Neste momento é onde eles realmente veem que existe um Deus mais poderoso que todos os seus deuses”, complementou.

O abuso sexual de crianças

Apóstolo Gustavo diz que os cristãos devem se envolver nesta causa tão importante, resgatar as crianças. “Somos chamados a fazer a diferença e creio que todo cristão tem que se envolver de alguma maneira para ajudar estas crianças como também estas famílias. Somente mudamos uma cultura estabelecendo outra cultura. Enquanto não estabelecermos a cultura do Reino no coração das pessoas, infelizmente, estas práticas vão continuar”, ressalta.

“Quando Deus me chamou, eu tinha 21 anos, e muitos ao meu ao redor falaram que era somente uma emoção passageira e que logo estaria pensando em algo mais. Só que quando Deus realmente chama, não podemos fugir, não é emoção e não é passageiro. É um chamado. Então não desista, permaneça firme que no tempo certo você será enviado. Deus ainda continua dizendo: Quem irá por nós? (Isaías 6.8.)”, finalizou.

FONTE: GUIAME, KARLOS AIRES

Deixe um comentário

Seu e-mail não será publicado.