A maioria dos seriados de comédia exibem crianças presenciando diálogos de conotação sexual.

Mais de 80% dos seriados de comédia têm cenas em que personagens adultos têm diálogos de conotação sexual na frente de crianças, segundo um relatório da Parents Television Council divulgado na segunda-feira (11).

A análise mostra o uso generalizado de linguagem sexual em seriados voltados para a família, que são exibidos no Brasil através de serviços de streaming e canais de TV por assinatura.

Entre as séries do relatório estão: The Simpsons, Modern Family, Jane the Virgin, American Housewife, Family Guy, This is Us, The Mick, A.P. Bio, Last Man Standing, Dr. Ken, The Middle, The Real O’Neals, Black-ish, The Goldbergs, Man With a Plan, Kevin Can Wait, Mom, Young Sheldon, Bob’s Burgers, L.A. to Vegas, Roseanne, Fresh Off the Boat, Speechless, Champions e Son of Zorn.

“Todas as ‘comédias familiares’ transmitidas pela CBS, NBC e Fox continham casos de diálogos sexuais de adultos na presença de crianças e 80% das ‘comédias familiares’ da ABC”, afirma o relatório.

Segundo o levantamento, o seriado com o maior número de cenas com linguagem sexual na frente de personagens infantis é A.P. Bio, exibida pela NBC. Em seguida estão The Mick e American Housewife, da ABC, Life in Pieces, da CBS, e Family Guy, da Fox (transmitida no Brasil como “Uma Família da Pesada”).

Um episódio de A.P. Bio que foi ao ar nos EUA em 1º de fevereiro, um professor do ensino médio contou aos seus alunos como sua namorada recusou fazer sexo. Em The Mick, uma cena mostrou uma criança de 8 anos jogando “video poker” com uma mulher usando sutiã e sugerindo tirar mais peças enquanto o jogo avançava.

A Parents Television Council acredita que há uma necessidade urgente de reformar o sistema de classificação na TV. “Quando você olha para alguns desses exemplos, você coça a cabeça e pergunta: ‘Como esse conteúdo pode ser classificado para crianças assistirem?’”, questiona Tim Winter, presidente da organização.

“Eles sabem que se o conteúdo for classificado para maiores de idade, a maioria dos anunciantes não irão patrocinar as emissoras, pois não querem que suas marcas estejam vinculadas com esse conteúdo”, observa Winter, em entrevista ao site The Christian Post.

“As emissoras acabam pegando o conteúdo explícito e classificando de maneira imprecisa, como se fosse apropriado para crianças, para que os anunciantes permaneçam e os pais sejam levados a permitir que seus filhos assistam a essas coisas”, o ativista acrescenta.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST

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