A cada 26 crianças nascidas no país, uma morre.

 

Uma pesquisa divulgada no final de fevereiro pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apontou a República da Guiné-Bissau, país da África Ocidental, como o pior país de língua portuguesa em mortalidade Infantil. O relatório, intitulado “Para cada criança, uma vida”, levou em consideração a situação de 186 países, com mais de 90 mil habitantes.

Entre os índices mais altos, Guiné-Bissau (6º do ranking mundial) registra 38,2 óbitos a cada mil nascimentos, ou seja, a cada 26 crianças nascidas, uma morre. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que há no máximo cinco médicos para cada grupo de cem mil habitantes no país.

Os dados alarmantes revelam a triste realidade vivida pelos moradores da região. Na contramão desses números, destacam-se trabalhos humanitários feitos por voluntários de Agências Missionárias sediadas no Brasil. A Missão Kairós, agência brasileira de treinamento e apoio a missionários transculturais, dá suporte a igrejas e a obreiros enviados a países com menos de 5% de evangélicos. Na Guiné, esse percentual não chega a 2%.

O trabalho realizado na região tem sido fundamental para amenizar esses números. Nivia Caetano é missionária em Guiné-Bissau há oito anos, juntamente com seu esposo pastor Emerson Medeiros. Juntos, administram quatro escolas com centenas de alunos. Enviados pela Assembleia de Deus do Colubandê (Adcol-RJ), através da agência missionária, eles contam que a realidade local é muito difícil. 

Missionários Nivia Caetano e pastor Emerson Medeiros (Foto: Arquivo ADCOL)

“O trabalho é realizado em escolas e igrejas localizadas dentro de aldeias, na capital (Bissau) e em bairros carentes. Em relação à saúde, na escola nós trabalhamos com o currículo denominado ‘educação por princípios’ que ensina às crianças questões de higiene, alimentação, cuidados com a saúde pessoal e da comunidade”, revela a missionária.

Mais de dois terços da população vive abaixo da linha da pobreza. Segundo o secretário de missões da Adcol, pastor Ozias Rodrigues, a maioria das crianças faz a única refeição do dia na escola. Os recursos usados pra esse fim são provenientes de doações de mantenedores do Brasil. O pastor conta que para custear a merenda de uma escola não é necessário mais que R$800 por mês, mas as vezes nem isso é possível e muitos alunos acabam ficando sem se alimentar. Apesar dos esforços, a quantidade de crianças desnutridas e com doenças relacionadas à deficiência alimentar é muito grande.

Para a maioria das Crianças, a merenda escolar é a única refeição do dia. (Foto: Arquivo ADCOL)

“Quando você faz uma visita ao país e volta para o Brasil, chega a conclusão de que é rico. Quantas vezes desperdiçamos comida, e lá eles não têm nem o mínimo”, desabafa o pastor.

Quem quiser, pode contribuir com o projeto de merenda escolar. As doações podem ser feitas diretamente na Adcol, no estado do Rio de Janeiro, ou na kairós, em São Paulo. É necessário informar o projeto ao qual está destinando a doação. Informações: (21) 2601-3935.

Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br

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