Prender líderes cristãos se tornou corriqueiro no país onde cristãos são maltratados na prisão    

Um cristão ex-muçulmano do Irã detido há mais de dois meses permanece na prisão na cidade de Tabriz, de acordo com o grupo de direitos humanos Artigo 18. Ali Amini, conhecido por seus amigos como Philip, foi preso por guardas revolucionários em sua oficina em 10 de dezembro. Seu telefone celular e notebook também foram confiscados. Seu pai idoso estava presente no local e assistiu o filho sendo levado. Amini é casado e tem dois filhos pequenos, com idades entre um e três anos.

Todos os anos, a pressão sobre os cristãos aumenta antes do Natal”, informou o Artigo 18. O grupo acrescenta que outros quatro cristãos foram presos durante o período do Natal de 2017 em Karaj, uma cidade a oeste da capital, Teerã. Funcionários da ONU recentemente expressaram preocupação com outros três cristãos condenados a penas de 10 a 15 anos de prisão no ano passado. Seus apelos foram realizados em 4 de fevereiro, mas foram adiados.

ÓRGÃOS INTERNACIONAIS EXPRESSAM PREOCUPAÇÃO COM PRISÕES NO IRÃ

“Estamos profundamente preocupados com as longas penas de prisão impostas em uma audiência anterior sobre os pastores Victor Bet Tamraz, Amin Afshar Naderi e Hadi Asgari por supostamente ‘fazer evangelismo’ e ‘atividades ilegais da igreja doméstica’ e acusações similares que, de acordo com as autoridades, equivalem a agir contra a segurança nacional”, afirmam representantes do Artigo 18. Eles também demonstraram preocupação com a falta de cuidados de saúde disponibilizados para os líderes cristãos detidos. O atual estado de saúde de Asgari é particularmente preocupante, acrescentaram.

Mencionando o caso da cristã Maryam Naghash Zargaran, a Anistia Internacional também falou sobre o maltrato a cristãos iranianos na prisão e acusou o Irã de negação “cruel” de cuidados médicos em suas prisões. Em uma declaração recente, os especialistas da ONU disseram: “Estamos cientes de vários outros casos relatados em que membros da minoria cristã receberam sentenças pesadas depois de terem sido acusados de ‘ameaçar a segurança nacional’, seja por converter pessoas ou por participar de igrejas domésticas. As autoridades devem garantir julgamentos justos para todos, incluindo as minorias religiosas no país. Também pedimos ao governo para libertar imediata e incondicionalmente todos aqueles que foram presos e detidos por exercer seu direito à liberdade de religião ou crença”.

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