Discurso durante encontro do PT mostrou descontrole de membro da Bancada Evangélica
A deputada federal Benedita da Silva (PT/RJ) ficou conhecida por conseguir ser, ao mesmo tempo, membro da Frente Parlamentar Evangélica e defender as pautas do governo petista que contrariam frontalmente a Bíblia.
Durante um evento promovido pelas bancadas do PT no Senado e na Câmara e a Fundação Perseu Abramo, ela mostrou como lhe falta coerência na hora de usar trechos bíblicos como desculpa para pregar a revolução comunista no Brasil.
Durante o seminário “Estado de Direito ou Estado de Exceção?”, que aconteceu esta semana, em Brasília, Benedita fez parte de uma mesa de debates que incluíam o senador Roberto Requião (PMDB/PR), o governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) além de outros parlamentares de esquerda.
Usando uma série de chavões socialistas, ela defendeu veementemente a luta de classes, reclamou do pretenso ‘golpe’ contra a ex-presidente Dilma e pediu a saída de Michel Temer. Curiosamente, a deputada protestou contra a crise econômica do país e o alto número de desempregados, mesmo sendo notório que são herança do governo desastroso de seu partido.
No encerramento de sua fala, asseverou: “quem sabe faz a hora e faz a luta. A gente sabe disso e na Bíblia está escrito que sem derramamento de sangue não haverá redenção. Vamos à luta com quaisquer que sejam as armas”.
O uso distorcido de Hebreus 9:22 foi aplaudido entusiasticamente pelos presentes como uma declaração que defende os preceitos marxistas.
O que Benedita falou parece mostrar que ela está de acordo com os recentes atos terroristas praticados em Brasília, quando sindicalistas e black blocs ligados ao PT picharam, depredaram e até atearam fogo a prédios públicos na capital. Chama atenção ainda que ela fala em “armas” não no sentido figurado, uma vez que ficou visível o uso de violência física, paus, pedras e rojões nas manifestações citadas.
Usar um texto bíblico que fala sobre remissão dos pecados para advogar uma revolução à lá Venezuela é uma conduta no mínimo reprovável vindo de uma parlamentar cristã.
Pinçar trechos das Escrituras para justificar a violência institucional e, mais, sugerir que o país deve experimentar um derramamento de sangue, põe em xeque a credibilidade dela quando fala sobre questões de fé.
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