Pesquisa mostra que o antítodo para a crise moral da sociedade é foco na fé e na vida familiar
Uma pesquisa recente da Fundação Perseu Abramo, ligada ao Partido dos Trabalhadores, tentou identificar as mudanças na sociedade nos últimos anos, que resultaram, entre outras coisas, no declínio do apoio a bandeiras consideradas “de esquerda”.
Entre as conclusões, o estudo aponta que, para maioria dos entrevistados, a crise ética da sociedade não é um problema apenas estrutural, mas de ordem individual em função da presença excessiva de famílias desestruturadas. A solução para isso passa pela educação no âmbito privado.
O material da Fundação Perseu Abramo indica que, para a maioria “o antídoto para a crise moral da sociedade: é necessária para a construção de uma sociedade mais correta, sem violência, sem corrupção, mais desenvolvida, com pessoas de caráter, honestas”.
Além disso, a religião é considerada “central” na vida dos entrevistados. Isso pode ser identificado pelo fato de a religiosidade ser algo muito presente no discurso das pessoas. O crescimento na adesão às igrejas evangélicas, especialmente as neopentencostais, apenas confirma as tendências identificadas no CENSO de 2010.
Segundo o professor da Unicamp, Márcio Pochmann, “A igreja se reconstrói para estar mais próxima e disponíveis aos fiéis para ajuda-los na orientação do seu dia a dia, da sua família, na prestação do serviço”.
O sociólogo Gabriel Feltran, coordenador de Pesquisa do Centro de Estudos da Metrópole da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador do Núcleo de Etnografias Urbanas do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento afirma há uma mudança nas camadas mais pobres, influenciado pela questão religiosa.
“É um voto que concebe o mundo a partir da proximidade, da relação pessoal, da confiança na ética do candidato, um voto próximo e moral. Que por isso sempre esteve muito próximo das igrejas, espaços altamente politizados. E sabemos que a expansão pentecostal é muito mais conservadora que progressista, ao contrário das comunidades de base católicas”.
Já a doutora em filosofia Débora Antunes sublinha que esta mudança de percepção de “valores em cenários pós-crise não surpreende e se fez presente em vários momentos da história”.
Em resumo, a sociedade brasileira continua tendo um perfil mais conservador, ainda que seja bombardeada diariamente pela mídia e grupos políticos sobre a necessidade de um maior liberalismo nos costumes. Essa resistência à mudança é fruto, majoritariamente, de uma percepção de valores baseados na ética judaico-cristã. Com informações O Povo
Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br
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