Jarbas Aragão
“É melhor ficar em paz e esperar por Deus”, escreveu o pastor conhecido na China como Yang Hua, em uma carta divulgada pela esposa dele. O líder cristão foi preso há mais de seis meses, juntamente com quatro outros membros da Huoshi, a maior igreja subterrânea da província de Guiyang.
Ele tentou acalmar a esposa, afirmando que a forte dor nas costas que vinha sentindo desapareceu. Atribuiu isso a uma cura divina, já que não tem acesso a tratamento médico na penitenciária de Nanming, onde está encarcerado. O material cita Isaías 30:15, que diz: “No arrependimento e no descanso está a salvação de vocês, na quietude e na confiança está o seu vigor”.
Além de aconselhar sua esposa no cuidado com seus filhos, também deu a ela algumas dicas financeiras. “Nunca pare de orar”, foi sua mensagem a ela e que devia ser passada à igreja.
O advogado Chen Jiangang relata que conseguiu ter apenas uma conversa com seu cliente. Ele está denunciado que Yang foi torturado, na tentativa de fazê-lo assinar uma confissão de seus “crimes contra o estado”, mas ele se negou.
Entre os procuradores que o questionaram estava um chamado Ke Jun, que fez sérias ameaças ao pastor Hua, acusando-o de espionagem.
“Ninguém aqui gosta de você. Você sabe por que os porcos da fazenda atrás deste edifício estão gordos? Nós podemos transformá-lo em alimento para porcos, que é uma maneira rápida de morrer. A outra maneira é levá-lo para um lugar isolado e ninguém vai descobrir como você morreu. Nós podemos fazê-lo experimentar algo pior do que a morte. Em seguida, desaparecer com o seu corpo… Posso trazer uns três ou quatro caras aqui para violentá-lo e torturá-lo todas as noites”.
A mulher e os filhos de Yang também foram ameaçados. Mesmo assim, ele avisou que não irá admitir um crime que não cometeu.
A China Aid, missão dirigida por evangélicos que luta pelos direitos humanos e denuncia a perseguição religiosa na China, está acompanhado o caso. Além de orações, pede que as pessoas usem a hashtag #FreeYangHua em suas redes sociais, para chamar atenção ao caso dele.
Também solicita que assinem uma petição online (aqui), que será encaminhada à embaixada da China nos EUA. Mais de 55 mil pessoas já assinaram, sendo que o alvo é 100 mil.
Fonte: noticias.gospelprime.com.br Com informações de Christian Times
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