No início deste mês de outubro, eu me vi diante de uma pergunta que, para mim, tinha uma resposta óbvia: que cidade brasileira tem maiores condições de oferecer aos alunos boa infraestrutura escolar, professores bem formados e uma trajetória de séries sem interrupção da pré-escola até o final do ensino médio?
Pensei na hora, sem dúvidas, “São Paulo”.
Estava totalmente enganado.
Em um ranking de 5.462 municípios brasileiros, que receberam notas de 1 a 10, as três primeiras cidades brasileiras que oferecem melhores oportunidades de acesso a educação de qualidade são as cearenses Sobral, Groaíras e Porteiras, que conquistaram as notas 6,1, 5,9 e 5,9, respectivamente.
Acharam pouco? As cearenses ficaram acima da média do Brasil, que foi de 5,5 pontos.
São Paulo, que a imensa maioria, como eu, tem como centro de excelência para quase todo tipo de serviço público, ficou em 1.387ª posição, com 4,8 pontos. Brasília, a capital do país, onde a renda das pessoas é bem superior à média nacional, está no 2.349º lugar, com nota 4,6.
Esses dados foram revelados pelo IOEB (Índice de Oportunidades da Educação Brasileira), um projeto do Centro de Lideranças Públicas desenvolvido sob a coordenação técnica do pesquisador Reynaldo Fernandes. Saúdo a entidade, a equipe técnica e também os apoiadores pela iniciativa que nos traz tão relevante e surpreendente descoberta de nossa própria realidade.
A informação fundamental que esse ranking criado a partir do IOEB passa para nós é que as oportunidades de uma educação de melhor qualidade estarão em regra em municípios menores, distantes dos grandes centros metropolitanos.
Surpreendente, não? É preciso prestarmos muita atenção a isso, e vermos como as impressões que temos nos induzem a erros.
Agora, é importante sabermos como se chegou a esse índice, o IOEB. Como dissemos, é uma equação, uma composição de variáveis que cruza dados disponíveis no Censo, nos levantamentos do Ministério da Educação (também criados pelo pesquisador Reynaldo Fernandes), Pesquisas por Amostra de Domicílios, entre outros.
Além dos fatores socioeconômicos e da população do municípios, a equação também inclui o tempo de experiência do corpo docente das escolas … e um elemento que, dentre todos os demais, mostrou-se o mais importante, fundamental: o nível de escolaridade das mães.
O saber, o conhecimento das mães sobrepõe-se à renda, à infraestrutura das escola, à experiência dos professores. Será decisivo para a educação de seus filhos.
Assim, meus amigos, reitero aqui, em nosso espaço de diálogo, que é fundamental que as mães, como estrutura do núcleo familiar sagrado para nós, cristãos, priorizem como nunca sua própria educação, sua formação.
As mães precisam educar pelo exemplo. Delas, portanto, esperamos disciplina, dedicação e compromisso com os próprios estudos. Só assim poderão cumprir seu dever de passar também esse dever aos filhos.
Como mostra esse novo ranking, mães bem formadas hoje são um fator decisivo para que tenhamos jovens com melhores oportunidades de educação amanhã.
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