Segundo jurista, situação é pior que nos campos de concentração nazistas que ele mesmo experimentou

Três juristas internacionais solicitaram ao Tribunal Penal Internacional que criasse um tribunal especial para processar os líderes do país mais fechado ao evangelho e número um em perseguição aos cristãos, a Coreia do Norte. Segundo os juristas, o presidente Kim Jong-un deve ser responsabilizado pelos “crimes contra a humanidade” realizados nos campos de trabalhos forçados.

Baseados em testemunhos de desertores e especialistas no assunto, os juristas citaram evidências de “sistemático assassinato, tortura, perseguição a cristãos, violência, aborto forçado, fome e sobrecarga de trabalho, levando a inumeráveis mortes”, de acordo com a agência de notícias Associated Press (AP). Os campos têm de 80 a 100 mil prisioneiros, dentre os quais muitos são familiares de pessoas acusadas de cometer crime político.

Thomas Buergenthal, um dos três juristas, disse: “Eu acredito que as condições nos campos de trabalhos forçados na Coreia do Norte são tão terríveis ou até piores do que as que vi e experimentei na minha juventude nos campos de concentração nazistas e em toda minha carreira no campo dos direitos humanos”. Mas a Coreia do Norte nega todas as infrações e acusa “forças hostis” de fabricar questões de direitos humanos “não existentes”.

Enquanto isso, a China começou a construir um campo de refugiados ao longo da fronteira com a Coreia do Norte, segundo informação vazada pela empresa de telecomunicações China Mobile. A empresa foi encarregada de estabelecer uma estrutura de comunicação viável na região. No distrito de Changbai e na província de Jilin, os campos de refugiados poderão abrigar centenas de milhares de refugiados norte-coreanos.

Fonte: https://www.portasabertas.org.br

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