Manifestantes pedem liberdade dos suspeitos de assassinarem a jovem cristã Deborah
A jovem cristã Deborah Samuel foi enterrada numa vila do estado de Níger, Noroeste da Nígéria. Ela enviou no grupo de WhatsApp dos estudantes da Universidade Shehu Shagari, na última sexta-feira, uma mensagem entendida como blasfêmia por alguns colegas e por isso foi assassinada no dia 13 de maio.
A família ficou abalada com a situação, mas irmãos têm os encorajado a confiar em Cristo e encontrar consolo eterno, apesar das aflições.
No sábado, 14 de maio, pessoas armadas com facões e pedaços de pau na cidade de Sokoto, Nigéria, exigiram a liberdade dos dois suspeitos presos pela polícia. Segundo o site de notícias BBC, eles queimaram pneus, saquearam e incendiaram lojas. A polícia precisou jogar bombas de gás lacrimogêneo para conter o grupo.
Investiga-se a relação do grupo com atos de vandalismo em duas igrejas. Na avenida Ahmadu Bello, importante estrada da Nigéria, uma igreja cristã teve seus vidros quebrados e portas e automóveis vandalizados. Em Gidan Dare, outra igreja teve materiais destruídos e lojas no entorno vandalizadas.
Investigação em Sokoto
A cidade esteve no limite de uma insurreição de violência religiosa com notícias falsas circulando rapidamente nas redes sociais. “O presidente Muhammadu Buhari condenou com veemência as atitudes da multidão em Sokoto. Nenhuma pessoa tem o direito de cumprir a lei com as próprias mãos. Violência não resolverá problema algum”, disse o porta-voz do presidente. O presidente também iniciou uma investigação sobre o caso.
Agora há mais clareza sobre o conteúdo da mensagem de áudio que levou ao ataque e acabou com a vida de Deborah: “Este grupo não foi criado para vocês enviarem bobagens. É para dúvidas, avisos sobre provas e outros assuntos relacionados aos estudos. Não essa bobagem sobre outro profeta.
A Portas Abertas continua acompanhando a situação e pede a todos que permaneçam em oração por essa situação.
Este vídeo mostra a visita de um parceiro da Portas Abertas à família de Deborah na cidade de Sokoto, Nigéria.