Mas mesmo esses grupos que possuem aprovação do estado continuam enfrentando desafios. Mussie Zerais, um líder cristão de Asmara disse que “o regime não afrouxa o aperto contra a população: dezenas de prisioneiros políticos continuam detidos, comissões internacionais não podem entrar nas prisões e nenhuma forma de liberdade é garantida, começando por política e de religião. Mesmo recentemente, oponentes foram presos, escolas cristãs fechadas e centros médicos e hospitais cristãos vedados. Além disso, o patriarca de uma igreja, Abune Antonios, está preso há 14 anos”.
Fazendo um apelo para a comunidade internacional, o líder cristão concluiu: “Ou o governo fecha os olhos para a realidade em nome de interesses econômicos e de geoestratégica, ou pode dar voz e força para valores como liberdade, democracia, justiça e solidariedade”.
Em meio a isso, o governo da Eritreia acusou a Alemanha de intromissão, após ser mencionado no parlamento alemão por violação de direitos humanos. Chamou a Alemanha de cínica sobre o progresso feito na Eritreia após o acordo de paz com a Etiópia. O Ministério da Informação disse em seu site que o governo de Berlim deveria deixar de se intrometer em assuntos regionais.
Um colaborador da Portas Abertas comentou sobre o assunto. “Infelizmente, nós estamos vendo mais e mais alegações de que a atenção aos abusos de direitos humanos é intromissão ou imperialista, mesmo isso sendo contrário a todas as leis internacionais, que foram construídas em consenso de que os direitos humanos são universais e requerem engajamento para manter todos responsáveis”, explicou.
Fonte: Missão Portas Abertas
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