“Deus só escolhe pessoas que podem lidar com isso”, diz criança com doença cerebral

“É como se eu estivesse sendo atingido por um martelo o tempo todo”. Assim Brayden Wendorff, de 12 anos, descreve a dor excruciante que ele sente. A causa da aflição do garoto é a síndrome de Arnold-Chiari, que consiste na má formação rara e congênita do sistema nervoso central.

A condição de Brayden não é o único ponto que pesa sobre a família Wendorff. Depois que os pais do garoto, Amanda, 34, e Dan, 39, descobriram sobre o problema de saúde do filho, em 2009, seus outros dois filhos — Skyler, 13, e Zachary, 9 — também foram diagnosticados com a mesma doença.

Zachary passou por uma cirurgia em junho de 2011. Até mesmo Amanda foi diagnosticada com a mesma condição clínica e passou por uma cirurgia, em setembro de 2012.

Além da síndrome de Arnold-Chiari, Amanda e seus filhos foram diagnosticados com a síndrome de Ehlers-Danlosm, que afeta o tecido conjuntivo, principalmente a pele, as articulações e as paredes dos vasos sanguíneos.

“Somos uma família medicamente complexa”, disse Amanda à revista americana People.

Embora os inúmeros problemas médicos e financeiros tenham sobrecarregado a família, o casal Wendorff procura valorizar o lado positivo de sua situação. “Nós não fazemos nenhum plano a longo prazo”, disse Amanda. “Vivemos um dia de cada vez”.

Entre os membros da família, Brayden é o que tem o quadro mais grave. Ele já passou por 33 cirurgias no cérebro e na coluna e sofreu quatro quedas, além de lidar com outros problemas médicos.

Mesmo com a dor e seus graves problemas de saúde, Brayden se recusa a ceder à depressão. Ele encontra forças em sua fé, e tem a certeza de que em Deus há esperança e uma vida de gratidão.

“Deus só escolhe as pessoas que podem lidar com isso e me sinto grato e abençoado por aquilo que tenho — minha vida, minha família, meus médicos, meus amigos e todos”, disse ele.