Agressor e agredido hoje frequentam a mesma igreja evangélica

Um homem foi esfaqueado por um colega durante uma briga em Sousa, cidade do sertão da Paraíba. Surpreendentemente, Sebastião Felizardo, 39, decidiu não só perdoar seu algoz, mas também contratar um advogado para defendê-lo no dia do julgamento. A vítima e o acusado do crime, Hugo Ferreira da Paixão, 29, saíram abraçados da audiência, quando o réu conseguiu liberdade provisória.

O advogado João Hélio Lopes da Silva foi contratado por Felizardo para soltar Ferreira. Ele conta que os dois homens trabalhavam juntos como lavadores de carros no centro de Sousa. Se desentenderam no dia 22 de agosto do ano passado, por um motivo fútil.

Paixão atacou o colega e desferiu sete facadas contra ele. Felizardo quase morreu devido aos ferimentos e o autor do crime foi preso em flagrante por um policial militar que passava pelo local. Ele ficou quatro dias internado na Unidade de Terapia Intensiva no Hospital Regional de Sousa.

Enquanto se recuperava dos ferimentos, Felizardo se tornou evangélico. Em uma reunião de oração na igreja, decidiu perdoar o colega que tentou matá-lo. Foi além e decidiu procurar ajuda de um advogado para soltar Paixão.

Ele participou da audiência com o juiz titular da comarca de Sousa, José Normando Fernandes, e pediu que o caso fosse arquivado. Seu pedido não foi atendido pois houve lesão corporal, mas concedeu liberdade provisória ao autor do fato. A sentença sobre o caso deve sair até o final do mês.

O advogado conta que Felizardo o procurou para contratá-lo e ajudar a tirar o autor da agressão da cadeia. Relata ainda que tanto vítima quanto réu enfrentavam problemas de envolvimento com drogas na época do crime.

O dr Silva entrou com pedido de soltura de Paixão e a Justiça revogou a prisão preventiva e concedeu liberdade provisória ao réu até julgar o caso. “No dia da audiência, Sebastião afirmou perante o juiz que queria retirar o processo porque perdoou o réu. Eles saíram abraçados do fórum, isso chamou a atenção de todos. Esse foi o maior exemplo de perdão que já vi em toda minha carreira”, enfatizou o defensor.

Após resolver as questões no tribunal, a vítima levou o amigo para o grupo de oração da igreja e, agora, hoje trabalham juntos no grupo “Calçadas da Fé”. Felizardo não lava mais carros, ele conseguiu emprego como vendedor autônomo e tenta ajudar o colega Hugo Ferreira da Paixão a mudar de profissão. Com informação UOL

Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br

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