“Isso está se tornando cada vez mais uma parte da realidade diária do trabalho de tradução da Bíblia”, afirma presidente da Missão Wycliffe.
Uma das maiores organizações de tradução da Bíblia do mundo disse que, embora o seu método pioneiro de tradução acelerada esteja alcançando um sucesso sem precedentes, seus missionários estão sofrendo com ataques demoníacos e perseguições severas.
Bruce Smith, presidente da Missão Wycliffe, dedicada à tradução da Bíblia, revelou ao The Christian Post que enquanto a organização procura atender um número maior de pessoas que ainda não possuem as Escrituras em seu próprio idioma, os ataques fruto de “opressão demoníaca” se intensificaram.
“Isso está se tornando cada vez mais uma parte da realidade diária do trabalho de tradução da Bíblia”, acrescentou.
Smith destacou que os missionários da Wycliffe conhecem há muito tempo as “influências do oculto” e dos “poderes demoníacos” nas áreas do mundo onde eles estão ajudando o evangelho a ser proclamado pela primeira vez.
A Wycliffe trabalha em alguns dos países com maior índice de perseguição aos cristãos, embora muitas vezes não divulgue isso justamente para proteger os obreiros. Eles estão acostumados a ver seus tradutores enfrentando ameaças de prisão, ataques e até serem mortos por seu trabalho.
No ano passado, quatro missionários foram mortos por radicais islâmicos em um de seus escritórios no Oriente Médio.
O líder da Wycliffe aponta para o Oriente Médio, a Índia e o sul da Ásia como alguns dos principais locais onde os cristãos estão sendo severamente perseguidos, ao mesmo tempo que parte dessas populações não possuem o Evangelho em sua própria língua.
Métodos inovadores
A Wycliffe Associates utiliza há cerca de três anos um método inovador chamado Mobilized Assistance Supporting Translation, que facilita o trabalho de tradução da Bíblia. O que antes demorava décadas agora pode ser feito em meses.
Linda Fahnestock, coordenadora regional da missão para as Américas e África do Sul, explicou como os tradutores trabalham em cooperação com falantes nativos. O método utiliza o que há de mais avançado na tecnologia e ajudou no trabalho com mais de 1.000 grupos de idiomas diferentes em todo o mundo.
“É um fenômeno amplo e generalizado. Nos últimos 12 meses, trabalhamos com cerca de 340 idiomas diferentes… O que está acontecendo é que o interesse ultrapassou em muito a nossa capacidade de responder. Temos quase 300 grupos a espera do início do trabalho. Essa é a primeira vez em nossa história que enfrentamos esse tipo de oportunidade e desafio”, revela.
Contudo, o presidente da Wycliffe lembra que a Bíblia ainda não está disponível 2.758 línguas. A missão pretende iniciar o trabalho entre 300 e 350 delas no próximo ano.
Smith disse que, embora algumas pessoas se surpreendam que os pedidos para tradução da Bíblia cresçam em lugares onde os cristãos enfrentam severas perseguições, é triste ver que em outras partes do mundo, como o Ocidente, a religião está em declínio.
“É como se tivéssemos passado a maior parte de nossas vidas em um local onde as pessoas possuem acesso a toda a água que quiserem beber. Muitos ficam se perguntando por que ninguém está com sede. Bem, é porque eles têm muito para beber”, exemplifica.
O experiente missionário diz também que “se você for em partes do mundo onde as pessoas passam sede, onde não têm água para beber, você encontrará pessoas sedentas. A ‘sede’ pela Palavra de Deus funciona da mesma forma… A sede das pessoas por essa verdade, pela água viva, é enorme”.
Fonte: https://guiame.com.br/
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