A música pode ativar as áreas desativadas do cérebro, segundo terapeutas do hospital.
Talvez você já tenha ouvido dizer que quem canta seus males espanta. E quem não conhece a história de Davi que tocava sua harpa para acalmar o rei Saul? Como diz a Bíblia em 1 Samuel 16:23 “E sempre que o espírito mau de Deus acometia o rei, Davi tomava a harpa e tocava. Saul acalmava-se, sentia-se aliviado e o espírito mau o deixava”. De fato, a música pode pode acalmar e trazer paz. Tanto que existe uma forma de terapia com essa habilidade, a musicoterapia que se torna presente em muitos tratamentos.
Vamos tomar como exemplo o idoso James Rodriguez. Ele sofreu um acidente vascular cerebral e está se recuperando por meio do programa de musicoterapia do Sentara Healthcare, em Virgínia. Sua canção preferida? Um clássico cristão, “Amazing Grace”. A música está na lista de hinos antigos que são trabalhados pelo centro de tratamento. As canções trazem lembranças felizes aos pacientes. No caso de James, ele lembra de seu tempo no coral da igreja.
“Nós usamos mais do nosso cérebro quando cantamos a mesma frase. Quando estamos cantando temos ritmo, melodia e emoção. É assim que a música pode ativar as partes desativadas da mente”, diz a terapeuta Tracy Bowdish. “Somos capazes de ativar mais áreas do cérebro, redirecionar e criar novas neuro-redes para que possamos contornar a área danificada causada pelo acidente vascular cerebral”, ressalta.
A esposa de James, Sandra, diz que a musicoterapia com as canções cristãs tem feito uma grande diferença. Na verdade, James agora fala espontaneamente em casa. “Ele passou vários anos e não falou uma palavra. Nossa comunicação era quase inexistente”, revelou.
O paciente James recebe os cuidados da terapeuta Tracy Bowdish. (Foto: Bill Tiernan / The Virginian-Pilot).
Pacientes com demência
As canções cristãs estão ajudando também pessoas com outras questões cerebrais. Por exemplo, Mike Knutson, de 96 anos, que parece um novo homem depois que começou o tratamento.
Pesquisadores da Universidade de Wisconsin descobriram melhorias em indicadores de qualidade de vida, como humor e memória, quando pacientes com demência como Mike costumavam ouvir as canções. Dana Kugler, que trabalha no lar de Mike, quase não acredita na mudança que ela testemunhou. “Ele não falava muito, mas agora está cantando”, disse ela.
A família de Mike percebeu isso também. Sua filha Barb disse: “A música realmente faz algo para acordá-lo e ajudá-lo a se envolver mais com o que está acontecendo ao seu redor”. A chave para a terapia de música para pacientes com demência é ter certeza de escolher a música certa para cada pessoa. Alguns preferem clássicos como Sinatra. “A gente se sente como se tivéssemos sido abençoados com toda essa nova experiência”, disse a filha.
Os cientistas descobriram que ouvir música desencadeia a dopamina química neurológica, o que ativa o centro de prazer do nosso cérebro. Por isso o oncologista Steve Eisenberg escreve e canta músicas para seus pacientes. Além de aconselhar seus pacientes com câncer a ouvir música, com o violão na mão ele cria letras especificamente para cada paciente. “As letras são projetadas para inspirar e encorajar”, pontuou.
Confira a reportagem completa da CBN:
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS
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