Filha de judeus conservadores, Shoshana se rendeu a Cristo depois de ser convidada por um amigo para participar de um estudo bíblico, em Nova York.

Filha de judeus conservadores, a americana Shoshana Silver cresceu em uma tradição ortodoxa e acreditava que o Messias ainda estava por se revelar.

Quando era mais jovem, o sonho de Shoshana era se formar em Artes, mas ela foi rejeitada em sete universidades. Com a ajuda de uma professora particular, ela foi aceita na Universidade do Estado de Nova York, em Albany — a única que ela não desejava estudar. Ela mal sabia que através de suas frustrações, Deus tinha um plano.

“Durante meus estudos em Albany eu me encontrei numa intensa crise e não conseguia pintar nada. Eu estava em pedaços e não tinha ideia do que apresentar para a minha prova final”, Shoshana contou ao site Kehila News Israel.

Nesse período ela conheceu outra estudante de arte chamada Tanya, uma cristã que desistiu de ter seu próprio estúdio de arte para compartilhar o trabalho com Shoshana. As duas se tornaram grandes amigas e a judia notou que o amor e a compaixão de Tanya a tornavam diferente.

“Depois de quatro meses eu voltei a pintar de novo”, disse Shoshana. Enquanto a judia se concentrava em suas obras de arte, Tanya lia a Bíblia e orava no fundo do estúdio.

Bonny, amiga de Tanya, visitava frequentemente o estúdio para se aconselhar com a amiga. Ela chegava no local deprimida, e saia alegre. “Eu até fiquei com ciúmes”, revelou Shoshana. Tempos depois, Bonny se converteu ao cristianismo, mas Shoshana insistia que ela não precisava acreditar em Jesus para ser feliz.

Outro amigo, que também era judeu, visitou Tanya no estúdio. Ela ouviu seu amigo dizer que veria Tanya no domingo, na igreja. Reagindo também com ciúmes, Shoshana gritou: “Te vejo no domingo também!”

Visita à igreja

Mas quando chegou o domingo, Shoshana se deparou com um dilema. “Eu sou judia, e os judeus não vão à igreja!”, ela pensou. “Eu chamei Tanya para cancelar a visita, mas ela respondeu em seu tom sempre calmo: ‘Se você mudar de ideia, eu vou até sua casa para te buscar e me sento do seu lado no culto’”.

“Sua bondade me surpreendeu”, Shoshana lembrou. “Fiquei ainda mais incomodada quando entrei na igreja: havia uma grande grande cruz bem na minha frente. Me sentei e fiquei em silêncio o tempo todo. Eu fiquei só porque os pais de Tanya me convidaram para almoçar”.

Mais tarde, outro amigo convidou Shoshana para um estudo bíblico, dizendo que o professor era judeu e iria fazer uma demonstração da noite de Pessach (Páscoa). Curiosa, ela resolveu ir, mas ficou indiferente. “Eu pensei: ‘E daí? Meu avô costumava fazer isso’. Mas cada um dos símbolos que ele mostrava eram como flechas em meu coração”.

O véu foi removido

Enquanto o professor explicava sobre os símbolos da páscoa, ele partiu a matzá (pão sem fermento) e disse: ‘Ele foi ferido pelas nossas transgressões’”. Naquele instante, Shoshana sentiu que “o véu foi removido” de seus olhos.

Ela fez a seguinte oração para Jesus: “Tudo o que eles me disseram sobre você em toda a minha vida não era verdade, e não posso mais te negar”. A partir daquele momento, ela sabia que sua decisão não teria mais volta.

Sua decisão de se render a Cristo estava evidente em seu semblante. “As pessoas me viam e diziam: ‘algo aconteceu com você’. Mas eu não respondia nada, eu não queria falar sobre isso”, ela lembra.

“Quando eu entrei no carro, Tanya entendeu que algo havia acontecido. Eu disse a ela: ‘Se Deus quiser que eu desista dos meus pincéis, eu farei isso’. Tanya, que sabia que a pintura era a minha vida, entendeu imediatamente”, conta a judia.

Shoshana continuou vivendo em Albany muitos anos após concluir sua faculdade, e teve a oportunidade de amadurecer sua fé. Tempos depois, ela fez uma viagem à Israel. “Eu pude ver as Escrituras ganhando vida diante dos meus olhos”, disse ela. “Durante os dois anos que eu comecei a viajar para lá, percebi que o Senhor estava me chamando para retornar a Israel, a terra de meus pais”.

Shoshana se mudou para Israel em 1995 e passou a trabalhar como professora de inglês, pintando em seu tempo livre. “Meu desejo é que as pinturas sejam uma bênção para quem olha”, disse ela.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE KEHILA NEWS ISRAEL

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