Localizada em Iowa, nos Estados Unidos, a igreja Zion Lutheran in Des Moines faz cultos em quatro línguas diferentes para um grupo de pessoas que falam mais de 15 dialetos.

A inspiração que transformou uma igreja tradicional em um campo missionário surgiu de uma simples pergunta: se a igreja fechasse suas portas, alguém sentiria falta dela?

Em 2010, o pastor principal da igreja, John Kline, buscou a Deus para receber uma direção sobre o futuro da igreja. Kline conta que Deus colocou em seu coração o trecho bíblico de Lucas 14, e sentiu como se Ele estivesse pedindo para que a igreja fosse transformada em um banquete.

“Em Lucas 14, entendemos que Deus queria que fôssemos um lugar para abençoar pessoas que não podem nos abençoar de volta”, disse o pastor Kline.

Em seguida, eles passaram a entregar marmitas em um complexo de apartamentos de baixa renda, que abriga refugiados de todo o mundo. Eles perguntaram a cada pessoa: como podemos te abençoar?

“Nós não planejamos nada. Simplesmente caminhamos pela rua e tudo fluiu, por causa da fidelidade a Deus”, disse Grace Kline, esposa do pastor John.

Igreja sendo transformada

Os membros da igreja começaram a fazer visitas semanais ao complexo e trazer crianças refugiadas para a congregação. Seu trabalho social chamou a atenção de um grupo de refugiados cristãos de Myanmar, que estavam fazendo cultos num apartamento pequeno e precisavam de um espaço maior.

A Zion acolheu os refugiados e cedeu um horário especial para seu culto. “Quando conversei com o pastor John, ele disse ‘vocês podem fazer, esta é a casa de Deus, não minha igreja ou igreja de ninguém’”, lembra Lucy Hnemi, uma refugiada de Myanmar.


Pastor John Kline, líder da igreja Zion Lutheran in Des Moines. (Foto: CBN News)

Em um próximo passo, a igreja enviou uma pessoa para Myanmar a fim de trazer um pastor que dominasse o dialeto. “O primeiro culto foi muito emocionante, disse Hnemi.

Hoje, a Zion oferece cultos árabes e swahili, além de um programa diversificado para jovens que atende mais de 300 alunos. “É um lugar onde, se você está com sede, terá algo para beber, se você estiver com fome, vai se alimentar, se você não tem lugar, vai encontrar um lugar, e se você não tem uma família, vai se juntar à nossa”, disse o pastor John.

Os refugiados não apenas usam o espaço da igreja, mas se tornaram parte dela. “Quando chegamos aqui, não falávamos a língua deles para contar nossa história, não tínhamos pessoas para nos ajudar porque não conhecíamos ninguém. Mas agora temos esta comunidade, temos todas essas pessoas ao nosso redor”, disse o líder de culto congolês, Boaz Nkingi.

Ajuda aos refugiados

Quando os refugiados chegam, não importa sua religião ou idioma — a Zion ajuda com aulas e outros tipos de assistência. “Quando entro nesta igreja, me sinto muito feliz por dentro, e sinto que esta é minha família”, disse Karim Jawda, um refugiado muçulmano do Iraque.

Todos os dias, as pessoas trazem doações que enchem o salão principal da Zion. Os refugiados de toda a comunidade são bem-vindos para levarem tudo o que precisam. “Quando os refugiados vêm, há um tempo limitado quando eles precisam de algo a mais. Mas quando você pode investir em suas vidas e dizer o quanto Jesus as ama, como com esses sírios, você se importa com a eternidade deles”, disse Grace Kline.


A igreja Zion Lutheran in Des Moines faz cultos em quatro línguas diferentes. (Foto: CBN News)

Desafios do ministério

Muitos dos novos membros da Zion perderam sua família para a guerra. “As pessoas não querem sofrer, e entrar nas vidas dessas pessoas é tocar em seu sofrimento e no sofrimento de suas nações”, disse Grace Kline.

No entanto, membros antigos da igreja, como Sherilyn Rittgers, conseguem enxergar como o acolhimento de pessoas sofredoras fortaleceu sua própria fé.

“Ver essas pessoas adorando, mesmo sabendo tudo o que passaram, é emocionante para mim”, disse Rittgers. “Realmente desafiou minha fé, isso me fez perceber que Deus realmente é suficiente”.

O slogan da Zion é “Onde as Nações Adoram”. Muitas pessoas dizem que nesta comunidade, experimentam um gostinho do céu. “Quando as nações, especialmente aquelas oprimidas, se sentem acolhidas em um lugar, isso mostra que Deus está fazendo algo especial”, disse o pastor Al Pérez.

O líder de culto congolês, Boaz Nkingi, concorda: “Podemos ter canções diferentes, podemos ter sotaques diferentes, podemos tocar instrumentos diferentes — mas Deus é um”.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CBN NEWS

Deixe um comentário

Seu e-mail não será publicado.