Os Estados Unidos abandonaram Israel e, agora, a nação precisa depositar sua confiança apenas em Deus, disse o rabino israelense Yitzhak Yosef nesta quarta-feira (28), quando Washington condenou os assentamentos israelenses na Cisjordânia .

“Às vezes, precisamos ser lembrados de cima que não possamos contar com ninguém além de nosso Pai, que está no céu”, disse Yosef no Muro das Lamentações. “Até a América nos abandonou na semana passada na ONU“.

“Não devemos esquecer que os corações dos reis e líderes estão nas mãos do Senhor, e não podemos contar com ninguém, senão com o Senhor”, acrescentou.

A prefeitura de Jerusalém anunciou que vai aprovar nesta quarta-feira (28) a construção de 600 novas unidades habitacionais no lado oriental da cidade, que é considerado um território palestino.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que a decisão é uma resposta à resolução que o Conselho de Segurança da ONU aprovou na última sexta-feira (23), declarando ilegais os assentamentos israelenses.

Nesta quarta-feira (28), o secretário de estado John Kerry fez um discurso de mais de uma hora justificando a abstenção dos Estados Unidos no conselho da ONU. Ele disse que, há décadas, todos os governos americanos defenderam que a única solução possível para aquela região é que os dois lados aceitem que há dois estados, dois países diferentes: Israel e Palestina.

Por outro lado, o presidente eleito Donald Trump já deu sinais de que não vai manter essa postura. “Nós não podemos deixar que Israel seja tratado com tanto desdém e desrespeito. Aguente firme, Israel, dia 20 de janeiro já está quase chegando”, escreveu ele nas redes sociais.

Por que a decisão prejudica Israel?

Os assentamentos judaicos são comunidades civis estabelecidas nos territórios ocupados por Israel. Hoje, mais de 600 mil israelenses vivem nesses territórios, que foram conquistados pela nação durante a “Guerra dos Seis Dias” – conflito armado entre Israel e países árabes, como o Egito, a Jordânia e a Síria, em 1967.

No conflito, Israel saiu vitorioso e conquistou as regiões do Sinai, da Faixa de Gaza, da Cisjordânia, das Colinas de Golã (na Síria) e da região oriental de Jerusalém.

Diante da vitória israelense, cerca de 50 mil palestinos fugiram para países vizinhos. Na ocasião, Israel iniciou a colonização dos espaços deixados, fixando milhares de judeus nos territórios ocupados. Os militares incentivaram, então, a colonização da Cisjordânia, acreditando que a povoação judaica reduziria as ameaças a Israel.

A ONU determinou a devolução das áreas ocupadas, mas Israel exigiu que os países árabes reconhecessem sua existência e não aceitou retornar às terras. Os palestinos, por sua vez, querem proclamar na Cisjordânia e na Faixa de Gaza um estado que tenha como base as fronteiras de 1967. Para isso, exigem uma retirada israelense de todos os territórios ocupados desde junho daquele ano.

Em resumo, a atual resolução da ONU apela para um fim completo de todas as construções em áreas conquistadas por Israel após a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE TIMES OF ISRAEL

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