Há cerca de 6 dias, um grupo de cristãos do Iraque cristãos se reuniu parar orar por 100 horas contínuas, enquanto exércitos (iraquianos e curdos) avançavam contra o Estado Islâmico para retomar a cidade de Mosul e seus arredores.
Com as bases do Estado Islâmico a menos de 100 km de distância, eles cantaram, oraram e se emocionaram na presença de Deus. Pessoas de diferentes denominações se uniram em um mesmo clamor.
O grupo foi liderado por uma equipe do Ministério “Burn 24-7”, uma organização com sede nos Estados Unidos, que surgiu de um movimento universitário e hoje é liderada pelo missionário e ministro de louvor Seun Feucht e sua esposa Kate. Ambos estão ligados à Igreja Bethel, em Redding, Califórnia e enviam equipes a todo o mundo para compartilhar o amor de Jesus através da adoração.
Cada equipe realiza regularmente, eventos de oração e adoração, que podem durar de 12 a 100 horas, ininterruptas.
“Nós tentamos realizá-los regularmente, uma vez por mês em cada cidade, com o propósito no coração de reunir cristãos de diferentes origens e denominações, para adorarem e exaltarem o nome de Deus”, diz Kelsie, que Trabalha com o MInistério “Burn 24-7” no Curdistão.
“[O encontro] também evangelístico – não é somente para adorar e orar. Naqueles lugares também temos equipes saindo para evangelizar, compartilhar o amor de Jesus e curar os doentes”, disse ela ao ‘Christian Today’. “O propósito é ver as pessoas inflamadas pelo primeiro amor a Jesus, reunindo-se para desfrutar de Sua presença estabelecida nesses lugares”.
Claro que realizar esses encontros é mais fácil em alguns lugares do que outros. O “Burn 24-7” tem equipes e centros de oração espalhados pelos Estados Unidos e também em diversos outros países. Equipes de curto prazo foram implantadas em Moçambique, na República Democrática do Congo, no Paraguai, China e Rússia, por exemplo – alguns dos países mais difíceis do mundo para que os cristãos exerçam sua fé, seja por opressão do governo ou grupos extremistas.
Kelsie e sua equipe têm trabalhado no Curdistão – uma região autônoma do Iraque – desde o início deste ano, dando apoio deslocados internos (pessoas que foram obrigadas a fugir de suas casas, devido ao avanço do Estado Islâmico).
“Nossos corações começaram a queimar pelo o que estava acontecendo aqui”, disse Kelsie em 2014, quando ainda morava nos EUA e soube que os terroristas do Estado Islâmico invadiram a planície de Nínive no norte do Iraque, matando milhares e sequestrando mulheres e crianças.
Ela e alguns outros sentiram “a necessidade de espalhar a esperança” no Iraque e começaram a se mobilizar para chegar ao local.
“Em 2015, uma pequena equipe veio aqui com o objetivo básico e simples de adorar, orar a Deus, amando quem quer que Ele colocasse em nosso caminho”, contou. “Então, vimos a necessidade de expressar o amor de Jesus a essas pessoas”.
Kelsie mudou-se em janeiro deste ano (2016), participando do projeto “Acenda uma Vela”. Ela e seus colegas fizeram uma parceria com uma base local do ministério “House of Prayer” (“Casa de Oração”), onde eles realizam esses encontros uma vez por mês. Durante 12 horas de oração e louvor constante com crentes locais – todos clamam a Deus em inglês, curdo, árabe e persa.
O último encontro do Ministério porém não durou 12, mas 100 horas e foi diferente dos demais já realizados. Este foi o segundo que atingiu tal magnitude.
No ano passado, cristãos da Jordânia, árabes e curdos locais, iranianos, americanos, britânicos e canadenses se reuniram para um desses encontros de oração. Durante o evento, eles acabaram orando até mesmo pelos militantes do Estado Islâmico – as mesmas pessoas que forçaram muitos dos que estavam no local a fugir de suas casas e comunidades.
“Uma coisa é orar pelo Estado Islâmico de longe, outra coisa é orar por eles estando aqui. Estamos a 80km da cidade [Mosul] ao lado de pessoas que perderam tudo; que fugiram de um grupo de pessoas que está descaradamente querendo destruí-los e eles ainda estão orando pelas salvação e pela misericórdia de Deus [sobre esses terroristas]. Eles clamam a Deus para que se revele a esses militantes”, disse Kelsie. “Isso é muito poderoso! Cada vez que oramos pelo Estado Islâmico é um momento poderoso. Ver pessoas que perderam tudo por causa desses terroristas, mas ainda assim oram por eles, é uma coisa linda”.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN TODAY
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