Uma menina de 19 anos de idade, que foi capturada, estuprada e torturada várias vezes por jihadistas do Estado Islâmico no Iraque revela seu testemunho angustiante em um novo livro que descreve os rituais religiosos que os homens praticavam antes de realizar os ataques brutais contra mulheres e crianças.

O livro, intitulado ‘The Girl Who Beat Isis’ (‘A Garota que Superou o Estado Islâmico’), compartilha a história de uma adolescente iraquiana, que atende pelo pseudônimo, Farida Khalaf, para proteger sua identidade.

O jornal britânico ‘The Guardian’ observou em sua resenha do livro que ele fornece um testemunho em primeira mão sobre a tortura que as mulheres e meninas estão sendo obrigadas a suportar em cidades que estão sob domínio do Estado Islâmico (também conhecido como ISIL, ISIS ou ‘Daesh’). Minorias étnicas e religiosas – incluindo os cristãos – têm sofrido com o genocídio promovido pelo Estado Islâmico, porque esses grupos são apontados pelo grupo como “infiéis”.

O parlamento britânico e também o Secretário de Estado dos EUA, John Kerry já reconheceram que o Estado Islâmico tem usado de crimes de guerra, que caracterizam genocídio contra os cristãos e outras minorias do Oriente Médio.

Khalaf explica no livro que as mulheres são tratadas como propriedade (objetos) e são obrigadas a desfilar em mercados de escravas sexuais em Raqqa, onde os compradores procuram comprar moças / meninas virgens.

Em uma das passagens, a garota Yazidi descreve como um terrorista do Estado Islâmico, chamado Amjed – do Azerbaijão – fazia orações ao seu deus todas as vezes que ia estuprá-la.

“Toda vez ele realizava o seu ritual religioso de antemão”, escreveu Khalaf.

Meninas que tentam escapar desses mercados de escravas sexuais são frequentemente espancadas.

Ainda assim, Khalaf conseguiu escapar de um cativeiro do Estado Islâmico e conseguiu reencontrar sua mãe e seus irmãos mais novos em um campo de refugiados.

Seu pai chegou a ser dado como morto, mas o corpo ainda não foi localizado. No acampamento, ela enfrentou novos desafios, já que sua cultura Yazidi aponta as vítimas de estupro como pessoas “contaminadas” e não permite que elas se casem.

Khalaf está agora estudando na Alemanha, em busca de concluir seus estudos e se tornar professora de matemática, mas ela sabe que muitas outras como ela estão à espera de serem resgatadas do terror promovido pelo Estado Islâmico.

Em fevereiro (2016), Nadia Murad, uma mulher iraquiana de 21 anos de idade, também compartilhou sua experiência como escrava sexual do Estado Islâmico e disse que as coisas que as atrocidades que os terroristas estão cometendo contra as mulheres são “mais difíceis que a morte”.

“Minha mãe os viu matarem meus irmãos e, em seguida, eles [Estado Islâmico] levaram minha mãe e a mataram. Como não tenho um pai, fiquei órfã. A única pessoa que eu tinha na guerra era a minha mãe”, disse Nadia sobre sua experiência.

Meninas de com idades a partir de 7 e 9 anos têm sido estupradas por militantes do Estado Islâmico e milhares de jovens mulheres, estão presas em Raqqa, nos chamados “mercados de carne”, onde elas são comercializadas.

 

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST

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