O professor Marcos Eberlin, cientista cristão, afirmou que a Criação é uma prova de que Deus existe, planejou e pôs em prática a vida e fez tudo isso de forma inteligente.

Eberlin, que leciona no Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), participou do Seminário Ciência e Fé, realizado no último sábado, 25 de junho, em Fortaleza (CE), na companhia do professor Glauco Magalhães, da Universidade Federal de Fortaleza (UFC).

Para Eberlin, “o fundamento primeiro, o grande alicerce da ciência é exatamente o tema central da bíblia: Deus”, o que coloca a matéria como uma grande amiga e validadora dos relatos da Bíblia Sagrada.

“Foi o pressuposto de que há um Deus, um único Deus, que governava seu Universo com leis imutáveis, e coerentes e consistentes, mais ainda, que havíamos sido feitos à sua imagem e semelhança, e assim teríamos uma mente confiável para entender o como Ele fez e mantinha em pleno funcionamento sua criação, que impeliu os homens a fazerem a ciência que praticamos hoje”, disse, em entrevista ao portal Guia-me.

Os pais da ciência foram homens que enxergavam a clara evidência de um criador, e na busca para desvendar os mistérios da criação, deram início às pesquisas que hoje formam o conhecimento que a humanidade acumula.

“Os grandes pais da ciência como Boyle, Pascal, e Newton, eram em sua imensa maioria homens que ao observarem o universo e a vida, à luz da ciência, enxergavam em seus dados evidências claras de um criador. Mas o iluminismo, e mais Darwin, Freud, Max, Sagan, e seus discípulos, desviaram a ciência de seu bom caminho, e levaram muitos cientistas à falsa crença – uma fé naturalista – de que só havia matéria, energia e espaço nesse universo”, afirmou.

No entanto, a própria evolução das pesquisas e a ampliação dos campos do saber proporcionaram uma volta aos princípios basilares da ciência, segundo Eberlin, que citou a química e a bioquímica como exemplos.

“[O exame do] universo e da vida ao nível atômico e molecular tem nos revelado assinaturas indesculpáveis de uma ação inteligentíssima na construção, através de átomos e moléculas, de tudo que vemos ao nosso redor. Desde o núcleo dos átomos, passando pelas estrelas, galáxias e cometas, até o planeta terra, a água, as moléculas da Vida, e suas máquinas nano moleculares, e ao software de extrema sofisticação e eficiência que tudo governa, o DNA, vemos evidências científicas que não deixam dúvidas de que há um Deus, um único, e que este Deus é do jeitinho que a Bíblia o descreve: eterno, imaterial, detentor de toda a informação, todo-poderoso e incrivelmente sábio e inteligente”, comentou.

Para o professor, existe um grande desafio para reaproximar a Igreja e a ciência, mostrando que a segunda é “amiga” da primeira: “Um casamento perfeito, e que os dados científicos, contrários aos boatos, são de fato de longe favoráveis aos pressupostos de nossa fé, e à descrição literal desse universo como o faz a Palavra”, disse.

Outro grande desafio é o de não se submeter às teorias naturalistas de que “os homens criaram [a religião] na esperança de explicar tudo só com matéria, energia e espaço”.

“[É importante] não sucumbir à tentação do Big Bang e da evolução química e bioquímica, para assim ‘ficar de boa’ com a ciência naturalista, forçando o nosso Deus a ‘colaborar’ com elas fazendo obrigatoriamente os seus milagres, como o fazem hoje os evolucionistas teístas ou os que defendem um criacionismo progressivo”, acrescentou o professor.

Ao final da entrevista, Eberlin falou sobre a Teoria do Design Inteligente, que é um campo do saber que estabelece “critérios científicos para esta escolha”, e que “um designer inteligente projetou tudo, desde o início, e deu a partida”.

“Temos então a complexidade irredutível, a informação abstrata e a antevidência como parâmetros de decisão entre forças naturais ou ação inteligente como causas dos efeitos da vida e universo. E quando avaliamos o nível de complexidade irredutível das maquinarias que operam na vida, sincronizadamente, e quando vemos tantas soluções de problemas mortais à vida que foram resolvidos de antemão para que a vida pudesse dar a partida e funcionar, e quando além de tudo isso, vemos o exagero de arte e beleza, como o sorriso humano – pura decoração – não nos resta saída senão concluirmos que o coeficiente de inteligência (QI) do Universo e da Vida são altíssimos, quase infinitos. E esse QI atesta a ação inteligente como de longe a melhor opção da causa primeira de estarmos aqui”, terminou.

Fonte: noticias.gospelmais.com.br

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