FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO LIVE SCIENCE

Diamante descoberto em Juína (MT) contém grande quantidade do mineral ringwoodite, o que pode ajudar a comprovar que a água realmente tem sua fonte no centro da Terra (Imagem: Richard Siemens/University of Alberta)

Os cientistas têm lutado por anos, tentando compreender a fonte de oceanos da terra e da água do planeta. Até recentemente, a teoria científica prevalecente considerava que cometas gelados atingiram a Terra, enquanto ela ainda estava se formando. A descoberta feita por geólogos no ano passado parece provar que a verdadeira fonte da água da Terra vem do próprio subsolo, surpreendentemente semelhante ao relato bíblico da criação, que descreveu a existência de águas abaixo e águas acima da terra, no livro de Gênesis.

“Depois disse Deus: ‘Haja entre as águas um firmamento que separe águas de águas’. Então Deus fez o firmamento e separou as águas que estavam embaixo do firmamento das que estavam por cima. E assim foi. Ao firmamento Deus chamou céu. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o segundo dia. Gênesis 1:6-8” (Gênesis 1:6-8).

A primeira pista veio na forma de um diamante, encontrado no Brasil. Graham Pearson, principal autor do estudo e geoquímico da Universidade de Alberta, no Canadá, descobriu este diamante ‘acidentalmente’, enquanto procurava por um meio de datar estes formações rochosas. Diamantes que surgiram a partir do fundo da terra são normalmente descartados por garimpeiros, uma vez que estão marcados e descoloridos, com pouco valor comercial. Este diamante continha um mineral raro, chamado ‘ringwoodite’, que nunca foi encontrado na superfície do planeta antes. Ele só pode ser formado sob extrema pressão e só é encontrado em fragmentos de meteoros ou é feito artificialmente em laboratórios.

O diamante foi formado na região do manto da Terra, que se estende de 408 a 860 quilômetros de profundidade, por atividade vulcânica. O manto, a camada de rocha quente entre a crosta e o núcleo, compõe a maior parte do volume da Terra. Ele nunca foi explorado, uma vez que é incrivelmente profundo e inacessível, e a energia geotérmica a essa profundidade iria derreter qualquer broca.

O ‘ringwoodite’ – composto encontrado no diamante – tinha 1,5% de água, não contendo a substância em seu estado líquido, mas como hidróxido de íons (moléculas de oxigênio e hidrogênio ligados). Isto sugere que poderia haver um vasto depósito de água na zona de transição do manto.

“Isso se traduz uma grande massa de água, aproximando-se ao tipo de massa de água que está presente em todos os oceanos do mundo”, disse Pearson ao site ‘Live Science’.

Brandon Schmandt, um sismólogo da Universidade do Novo México, testou a teoria. Usando o EarthScope USArray, uma rede de sismógrafos portáteis, espalhados pelos Estados Unidos, ele descobriu que as ondas abrandaram ao atingir a camada de ‘ringwoodite’, indicando que eles estavam passando por uma região de água e rochas, e confirmando que a zona de transição é um enorme reservatório de água.

“A água de superfície que temos agora veio de desgaseificação de rocha derretida. Ele veio dos ingredientes originais de rochas da Terra”, disse Schmandt ao Live Science.

Enquanto os críticos da Bíblia afirmam que histórias bíblicas são improváveis ​​e carecem de base factual, cientistas e arqueólogos estão descobrindo que, em muitos casos, a Bíblia é um guia preciso para suas investigações.

Deixe um comentário

Seu e-mail não será publicado.