A cúpula da Irmandade Muçulmana do Qatar foi acusada nesta segunda-feira (12) pelo ministério egípcio do Interior de treinar e financiar os autores do atentado que matou 25 pessoas em uma igreja do Cairo, no domingo.

Os acusados negaram envolvimento no ataque contra uma capela adjacente à catedral de São Marcos. O atentado é o mais sangrento já realizado contra a comunidade copta do Egito.

O presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, anunciou nesta segunda-feira que “o autor do atentado é Mahmud Chafiq Mohamed Mostafa, de 22 anos, que detonou seu cinturão de explosivos”.

Segundo o ministério do Interior, Mohamed Mostafa foi detido em 2014 quando fazia a segurança de comboios da Irmandade Muçulmana, mas foi libertado no mesmo ano. Desde então, passou por duas investigações vinculadas a grupos fundamentalistas muçulmanos.

Outros quatro suspeitos tiveram suas identidades divulgadas pelo ministério do Interior: três homens e uma mulher foram detidos com base na investigação do atentado.

Os detidos são Rami Mohamed Abdel Hamid Abdel Ghani — suspeito de ter escondido explosivos e abrigado o suicida —, Mohsen Mostafa el-Sayed Casem, Mohamed Hamdi Abdel Hamid Abdel Ghani e Ola Husein Mohamed Alí. As autoridades continuam buscando outros suspeitos, incluindo o líder do grupo, Mohab Mostafa el-Sayed Casem.

O ataque teria sido negociado por Mohab Casem em 2015 no Qatar, quando ele se reuniu com os líderes da Irmandade Muçulmana que fugiu do Egito. Depois de voltar ao Egito, Mohab teria se deslocado para o norte do Sinai, onde treinou o manejo de armas e explosivos.

No Cairo, Mohab recebeu o encargo da Irmandade Muçulmana no Qatar de preparar o atentado contra a comunidade copta egípcia e passou a treinar o grupo no bairro de Al-Ceitun.

O objetivo do ataque era “criar um conflito religioso de grande escala”, segundo o ministério do Interior.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE UOL

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