Uma “igreja” satanista será inaugurada nos subúrbios de Houston, Texas, dia 30 de outubro. Ela seria parte da celebração do Halloween (Dia das Bruxas), comemorado no dia seguinte. A data é simbólica, pois nesse dia os ocultistas afirmam que “as trevas estão mais fortes”.

Na verdade, faz parte da tradição de se comemorar a chegada do inverno no hemisfério norte. Sendo assim, as noites (trevas) são mais longas que os dias. Chamado pelos pagãos Samahin, inclui o culto aos mortos e esta crença se popularizou no século XIX, sendo adotada pela Igreja Católica como a véspera do período que inclui o Dia de Todos os Santos e o Dia de Finados.

Seu nome oficial é “Grande Igreja de Lúcifer”, e Michael Ford, um de seus fundadores, defende que ela faz parte de um grupo que adora a Lúcifer em várias partes dos Estados Unidos. Para eles, Satanás é um guia de luz e espiritualidade.

“Rejeitamos a noção de que algo seja negativo ou inerentemente mau. Não há espaço para energias negativas ou más intenções, nenhuma dessas coisas fazem parte deste caminho espiritual”.

O evento ocorrerá três meses após a abertura do Templo satânico de Detroit, Michigan, onde uma escultura ao diabo foi exposta ao público. Os dois grupos possuem nomes distintos, mas defendem as mesmas ideias, que inclui o apoio a uniões homossexuais e a rejeição do conceito tradicional de família: o casamento entre um homem e uma mulher.

O local que sediará a Grande Igreja de Lúcifer é um casarão antigo, na região de Old Town Spring. Seu desejo é oferecer às pessoas um “tipo diferente de experiência de igreja.”

“Não temos um pregador. Não temos alguém dizendo como devemos viver”, afirmou um dos seus membros a um emissora de TV local.

“Estamos oferecendo uma plataforma para as pessoas explorarem a si mesmas com liberdade total, para serem capazes de olhar no espelho e dizer: eu te compreendo melhor.”

Os símbolos exibidos, contudo, são de figuras satânica, bodes, anjos caídos e o Baphomet, criatura alada semi-humana e com cascos.

O grupo acredita que o que fazem não é adoração, mas a imitação do que fez Lúcifer. Embora esse nome seja atribuído ao querubim que se rebelou contra Deus e levou do céu um terço dos anjos com ele, não aparece na Bíblia.

Trata-se da versão latina da palavra hebraica helel, que pode ser traduzida como “brilhante” ou “estrela da manhã”. Tanto Isaías 14: 12-14 quanto Ezequiel 28: 11-19 falam da queda de um ser angelical, embora as passagens sejam dirigidas a reis de povos inimigos dos judeus.

De acordo com o site oficial da igreja de Lúcifer, seu propósito é ser “um encontro de almas como que procuram entender e viver o luciferianismo como nós o entendemos.”

Curiosamente, a descrição que Michael Ford faz de um luciferiano é alguém que rejeita “qualquer divindade”. Num discurso que ecoa o ateísmo, assevera: “Não acreditamos na existência de uma divindade que precise ser adorada”. Com informações de Christian Examiner

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